“É preciso um certo espírito de aventura para trabalhar no IBGE”

Abre aspas

“É preciso um certo espírito de aventura para trabalhar no IBGE”

Tatiana Gautério - Chefe da Agência do IBGE em Pelotas

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“É preciso um certo espírito de aventura para trabalhar no IBGE”
Tatiana construiu toda a sua trajetória profissional dentro do Instituto.

Tatiana Gautério é Chefe da Agência do IBGE em Pelotas e construiu toda a sua trajetória profissional dentro do Instituto. Formada em História, ela ingressou no IBGE em 2006, logo após concluir a graduação, e desde então tem dedicado sua carreira à produção de dados e informações estatísticas. Começou na agência de Rio Grande, onde atuou por mais de oito anos, até ser convidada a integrar a equipe de Pelotas, onde assumiu a chefia após a aposentadoria do antigo gestor.

Como foi a experiência de entrar no IBGE logo após se formar em História?

Como sou filha de funcionários públicos concursados, cresci sabendo da importância que o serviço público possui. Sempre quis ser uma servidora pública, afinal, desde cedo compreendi que “servir” o povo era uma profissão muito nobre, uma vez que trabalharia para uma sociedade melhor. Assim, tão logo concluí a graduação de Licenciatura em História na Furg – curso com o qual muito me identifiquei e que me ajudou a ser quem eu sou hoje – no mesmo mês que recebi o diploma, vi no jornal a abertura do edital para Técnico do IBGE e comecei a estudar. Estávamos em janeiro de 2006. Foi aberta uma única vaga na Agência do IBGE de Rio Grande e fiquei muito feliz quando, em agosto, fui nomeada.

O que mais te marcou no tempo em que ficou na agência de Rio Grande?

Sendo este meu primeiro emprego formal, posso dizer que foi no IBGE que conheci a realidade mais dura, ao fazer entrevistas tanto em empresas quanto em domicílios, vi todo tipo dificuldade, toda a desigualdade social. Para chegar nas casas, eram horas de estrada de chão, muito lodo nos calçados, porque nenhuma casa fica de fora em uma pesquisa. É preciso um certo espírito de aventura para trabalhar no IBGE. Pude conhecer pessoas maravilhosas e guerreiras, tanto colegas de profissão quanto informantes que visitava, que me ensinaram sobre o trabalho e sobre a vida e a quem pude, da mesma forma, ensinar algo. Foi na Agência de Rio Grande que aprendi a liderar, tanto como supervisora de pesquisas, como quando me tornei chefe substituta. Foram oito anos e meio de muita dedicação.

Por que aceitou o convite para vir a Pelotas e como foi assumir a chefia?

No final de 2014, quando ministrei um treinamento regional, ocorrido na Agência do IBGE em Pelotas, para representantes de quatro agências do sul do Estado, o Rogério Krause, Chefe da Agência de Pelotas, hoje aposentado, fez o convite, sugerindo-me em uma conversa que eu solicitasse a transferência. Fiquei pensativa. Levei alguns meses pesando os prós e os contras. Mas existem alguns momentos na vida em que urge uma necessidade de mudança, um desejo pelo novo. Sendo a Agência do IBGE em Pelotas a quarta maior do Estado, seria desafiador e eu poderia adquirir muito conhecimento. Em maio de 2015 comecei a trabalhar em Pelotas e o ritmo era realmente outro. Número maior de colegas, de tarefas, um novo jeito de organização a fim de que o trabalho pudesse ser repartido entre todos. Segui conhecendo pessoas maravilhosas que me ajudaram na adaptação. Assim como pude contribuir. Foi nesse novo desafio que me encontrei, achei o meu lugar. Por um tempo assumi a chefia substituta. Há uns oito anos estou Chefe da Agência do IBGE em Pelotas, tarefa que me faz aprender todos os dias, sabendo que tenho do meu lado pessoas sérias e comprometidas a quem sou muito grata.

O que representa para ti construir toda a carreira dentro do IBGE?

Trabalhar no IBGE foi – e ainda é – uma tarefa bastante difícil: poucos funcionários, poucos recursos financeiros e materiais, e muitas demandas. Vi, nesses quase 19 anos de trabalho, um IBGE se modernizar, sair das entrevistas em papel e tornar tudo mais rápido – da coleta digital de dados à divulgação virtual das pesquisas. Como trabalho com números, posso dizer que 43,2% dos meus anos neste planeta foram dedicados ao IBGE e não me arrependo de nenhum passo dado. Tenho o maior respeito por esta Instituição que, além de ser o meu ganha-pão, o sustento da minha família, faz uma diferença enorme com os resultados das suas pesquisas, embasando a elaboração de políticas públicas e fornecendo à população um retrato sobre si e sobre sua realidade.

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