Gláucia Potenza Soares é servidora pública federal e participa do grupo Missionários de Francisco. Este é um grupo da igreja católica formado por pessoas de diversos locais do bairro Fragata, que fazem parte da rede de comunidades católicas da Paróquia São José Operário.
Como funcionam as ações do grupo?
Temos algumas ações fixas, criadas ao longo dos 3 anos de existência do grupo, e outras ações mais pontuais que identificamos. Como Parada Solidária, arrecadação de material escolar, realização de duas jantas solidárias por mês, Páscoa Solidária, Natal Solidário, Gincana da Solidariedade, Gotas de Amor, Dia da criança e distribuição de alimentos, roupas, orações, conforto e esperança às pessoas em situação de rua.
Também auxiliamos em diversas ações da Paróquia São José Operário, que possui diversos projetos sociais, e participamos de encontro de formações, que incluem estudos bíblicos e sobre o trabalho social.
O que te motivou a fazer o voluntariado com o grupo?
Eu fui criada dentro da Igreja Católica, batizada e crismada. Participei de catequese e grupo de jovens, fui a muitas Romarias no Santuário de Guadalupe, e fui até catequista na minha adolescência, mas ao entrar na vida adulta, acabei me afastando devido aos compromissos assumidos com filho, família e trabalho. Mas, depois de alguns anos, senti falta da vida em comunidade, do carinho dos irmãos que encontramos na igreja, de caminhar junto de Deus tendo amigos ao lado, nos motivando, nos alegrando. Com a chegada da Pandemia, esse sentimento ficou ainda mais forte. Foi então que, em 2022, voltei aos poucos ao convívio na comunidade, e uma amiga de infância me convidou para participar desse grupo que estava iniciando. Era ainda só um grupo de pessoas com vontade de fazer algo pelo próximo. Assim, aceitei o convite e comecei a participar das reuniões, que também contavam com a participação dos freis Capuchinhos – freis da Ordem Franciscana que atendem a Paróquia São José.
Hoje sou imensamente realizada e não me vejo longe do grupo; não me vejo voltando àquela vida longe da comunidade e dos nossos irmãos mais carentes. Eles precisam de mim, mas eu preciso deles ainda mais.
Como esse trabalho impacta a sua vida pessoal e espiritual?
É muito gratificante perceber que o pouquinho que nós fazemos impacta muito na vida das outras pessoas. Depois que comecei a participar desse grupo, me senti parte daqueles que estão trabalhando para construir um mundo melhor. Sei que é clichê, mas é verdade. Jesus nos pediu para amar e cuidar do próximo e sinto que estamos fazendo isso. Sinto que faço parte de algo maior e que estou em comunhão com milhares de pessoas ao redor do mundo.
Além disso, a convivência com esse grupo de pessoas fez eu me tornar uma pessoa melhor, pois a espiritualidade franciscana que partilhamos nos faz refletir sobre diversos aspectos sobre as pessoas carentes, e perceber questões que eu não percebia antes, quando não compartilhava minhas ideologias com ninguém.
De que forma as pessoas da comunidade podem se envolver ou ajudar nas atividades do grupo?
Quem quiser participar do grupo, pode nos contatar pelo Instagram @missionariosdefrancisco, e pode participar das ações realizando o trabalho voluntário. Se quiserem contribuir com as ações, podem fazer doações de alimentos – que serão usados para fazer as jantas solidárias ou distribuídas às famílias atendidas pelo Banco de Alimentos – ou doações em dinheiro, via pix da Paróquia São José. Ainda, para arrecadar fundos que custeiam as ações, realizaremos no dia 10/05 um jantar dançante.
O jantar dançante terá como cardápio coxa e sobrecoxa de frango assado, porco assado, arroz, saladas diversas e salada de batata ao preço de R$ 30,00 com direito ao baile. Na copa teremos refrigerante, cerveja, vinho, água e sobremesas. Teremos sorteio de brindes para as mães. Iniciará a partir das 20h. Esse é o 3º jantar dançante que o grupo realiza e todos que participam saem satisfeitos, pois as senhoras da comunidade são especialistas em fazer comida boa e o povo de igreja sabe se divertir com moderação e festa saudável.
