O Complexo Santa Casa do Rio Grande confirmou o surto de varicela (catapora) entre trabalhadores da instituição. Desde o começo do mês foram notificados quatro casos, todos de profissionais do Pronto Socorro do hospital. Não há registro de contaminação entre pacientes e a situação é considerada controlada pela unidade.
Apesar dos poucos casos confirmados, a secretária da Saúde de Rio Grande, Juliana Acosta, afirma que é considerado um surto por se tratar da contaminação em hospital. “A ocorrência de um único caso confirmado de varicela dentro de instituição hospitalar é considerado surto. O contato para varicela em ambiente hospitalar é caracterizado pela associação do indivíduo com uma pessoa infectada de forma íntima e prolongada, por período igual ou superior a 1 hora, tendo criado, assim, a possibilidade de contrair a infecção”, explica a secretária.
“Não há motivo de alarde”
Em nota, a Santa Casa afirmou que medidas imediatas foram adotadas, incluindo a vacinação de bloqueio nos profissionais, a obrigatoriedade do uso de máscara tripla proteção para todos os colaboradores, atenção à higienização e monitoramento de suspeitas.
Os funcionários contaminados deverão permanecer afastados da unidade, em isolamento, até o desaparecimento dos sintomas.
O Complexo Santa Casa afirma que a situação segue sob acompanhamento contínuo pelas equipes internas responsáveis. “Não há motivo de alarde”, afirma a nota.
Não há casos notificados nas unidades de saúde do município, sendo assim, não há indícios que o surto tenha sido identificado em outros locais. A Secretaria da Saúde de Rio Grande afirma que está acompanhando e orientando o Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Santa Casa.
Transmissão
A varicela, conhecida também como catapora, é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus Varicela-Zoster. Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.
Raramente, a catapora é transmitida por meio de contato com as lesões de pele. O período de incubação do vírus é de quatro a 16 dias. A transmissão se dá um ou dois dias antes do aparecimento das lesões de pele e até seis dias depois, quando todas as lesões estiverem na fase de crostas.
Sintomas
Entre 10 e 21 dias após o contágio, os sintomas da catapora começam, são eles: manchas vermelhas e bolhas no corpo, mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite, e febre baixa.
As bolhas com um líquido claro surgem inicialmente na face, no tronco ou no couro cabeludo. Em poucos dias o líquido escurece, as bolhas começam a secar e cicatrizar. Este processo causa muita coceira, que pode infeccionar as lesões devido a bactérias das unhas ou de objetos utilizados para coçar.
Vacinação
A principal medida de prevenção contra a varicela é a vacinação. Em 2013, o Ministério da Saúde introduziu a vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, na rotina de vacinação de crianças entre 15 meses e dois anos de idade que já tenham sido imunizadas com a primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).