Conforme dados divulgados pelo Procon da Prefeitura de Pelotas, no mês de abril, a gasolina comum apresentou variação de 9,38% entre os postos da cidade. O maior preço registrado foi de R$ 6,88, enquanto o menor chegou a R$ 6,29. Já a gasolina aditivada registrou uma diferença ainda maior, de 12,82%, com valores entre R$ 6,24 e R$ 7,04.
Em comparação com março, o preço médio da gasolina comum teve um aumento de 1,24%. No caso da gasolina aditivada, a alta foi de 0,6%. O etanol também apresentou elevação, de 1%, passando de R$ 5,04 para R$ 5,09 em abril. Por outro lado, os preços do diesel recuaram: o diesel S-500 caiu de R$ 6,48 para R$ 6,44, enquanto o diesel S-10 passou de R$ 6,57 para R$ 6,51.
O coordenador executivo do Procon, Maicon Kuhn, avalia que, em abril, os preços dos combustíveis retornaram ao patamar de fevereiro, após o recuo observado em março, quando o menor preço registrado foi de R$ 6,22. “Para o diesel, observamos uma alta nos três primeiros meses do ano, seguida de uma queda no valor médio em abril”, pontua.
Pesquisa por promoções
Diante da diferença de quase 10% entre os postos no preço da gasolina comum, Kuhn orienta os consumidores a pesquisarem antes de abastecer. “O consumidor deve ficar atento às promoções, aos programas de fidelidade e aos descontos oferecidos conforme a forma de pagamento, seja em dinheiro ou no débito”, ressalta.
Jamiel Rodrigues, proprietário de um posto no centro de Pelotas, explica que as grandes redes conseguem oferecer preços mais competitivos devido ao poder de compra em grandes volumes. “Como compram em maior quantidade, conseguem negociar melhor e pagar preços mais baixos”, afirma.
Nos postos independentes, como o de Rodrigues, consumidores podem obter descontos de até 7% em pagamentos à vista, em dinheiro, débito ou via Pix. Além disso, é possível aproveitar benefícios como aplicativos de cashback e programas de pontos, como o Premmia, da Petrobras.
Cenário internacional
O economista Ezequiel Megiato avalia que a expectativa para os preços dos combustíveis no próximo trimestre permanece incerta, especialmente em razão da guerra comercial entre Estados Unidos e China. No entanto, ele ressalta que, mesmo diante da crise internacional, a maior oferta de combustíveis ajudou a conter os preços no início do ano.
“No mercado interno, tivemos uma boa oferta de etanol, que integra a composição da gasolina, o que também contribuiu para aliviar os preços. Em algumas regiões, essa queda foi mais sentida do que em outras, dependendo da logística, outro fator determinante”, explica Megiato.
Para o próximo trimestre, o economista projeta estabilidade nos preços dos combustíveis, sem grandes elevações ou reduções. “Mesmo que a oferta global de petróleo sofra retração, a boa produção interna de etanol deve garantir a estabilidade dos preços no Brasil”, conclui.