A maior dragagem realizada pela Portos RS no canal de acesso ao porto de Rio Grande deverá começar no terceiro trimestre de 2025. Com um investimento de R$ 437 milhões, a obra prevê a retirada de 12,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos.
Fernando Estima, gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS, garante que o processo está em estágio avançado para a realização do serviço. “A licença acabou de sair. Deve sair em julho ou agosto [o começo dos serviços para] o canal de Rio Grande”, afirma.
Conforme o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, a licença ambiental vigente não permite que o serviço seja realizado durante o verão. A partir disso, a expectativa é que o serviço seja concluído entre novembro e dezembro.
Essa será a quarta dragagem desde maio de 2022, quando a Portos RS assumiu as operações portuárias do Estado.
Calado
A obra tem como objetivo aumentar a navegabilidade e a competitividade do complexo portuário rio-grandino, elevando o seu calado para ao menos 14 metros, o que permitirá a atracação de navios maiores e com mais cargas. Em 2024, após a enchente, a profundidade em algumas partes do canal reduziu em mais de três metros.
Frentes de trabalho
Além do canal rio-grandino, outros cinco pontos da hidrovia gaúcha estão passando pelo processo de dragagem. O primeiro, em Itapuã, iniciou em novembro de 2024, enquanto os canais de Pedras Brancas, Leitão, Furadinho e São Gonçalo começaram em março.
Orçado em R$ 12 milhões, o desassoreamento do canal São Gonçalo prevê a remoção de 427 mil metros cúbicos de detritos do trecho que dá acesso ao canal entre a Lagoa dos Patos e o porto de Pelotas.
Estima afirma que o serviço é histórico para o Rio Grande do Sul. “Neste momento, nós temos cinco dragas trabalhando em cinco canais. Vêm aí novos leilões também da hidrovia. Nós vamos terminar o ano que vem com 22 canais na hidrovia dragados, mais o nosso canal principal”, destaca o gerente.
Investimentos
O recurso para a dragagem nos canais da região faz parte de um total de R$ 731 milhões investidos através do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) do governo do Estado. A iniciativa pretende recuperar as hidrovias que sofreram com o acúmulo de sedimentos por conta da enchente de maio de 2024 e melhorar a infraestrutura do porto da capital.
