“A Banda da Brigada Militar é o elo mais forte entre a instituição e a comunidade”

Abre aspas

“A Banda da Brigada Militar é o elo mais forte entre a instituição e a comunidade”

O Primeiro-sargento Leandro Alves da Costa é ex-membro da banda

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“A Banda da Brigada Militar é o elo mais forte entre a instituição e a comunidade”
Militar da reserva vai agora se dedicar a projetos musicais. (Foto: Divulgação)

Com o sentimento de dever cumprido, o primeiro-sargento Leandro Alves da Costa, 51, entra para a reserva e se despede da Banda da Brigada Militar do 4º Batalhão de Polícia Militar, depois de 23 anos de dedicação. Em recente homenagem, a corporação cita que Alves deixa um legado de serviços impecáveis, marcados pela disciplina e comprometimento, sem medir esforços para o cumprimento perfeito de cada missão.

Foram dez anos no policiamento ostensivo, e intensa participação na função de músico militar, sendo mestre nos últimos dois anos. A paixão pela música o levará para outros caminhos: projeto musical para crianças, ideia que surgiu ao longo da trajetória, durante as apresentações em escolas. Com maestria no clarinete e sax alto, encantou e emocionou em inúmeras ocasiões.

Como foi seu ingresso na Banda do 4º BPM?

A minha inclusão foi direta para banda de música, em 22 de junho de 1992, em uma situação atípica, pois abriram um concurso externo, viável na época. Foram muitos músicos civis que passaram por todo o processo normal para incluir o concurso normal. Como meu pai já era da Banda, me criei em ambiente musical. Com 15 anos eu já tocava um instrumento, o clarinete.

Depois toquei outros instrumentos devido à necessidade. Passei pelas etapas e promoções e, nesse tempo, assumi o lugar do tenente Xavier, ficando quase dois anos à frente da banda, como mestre.

Como são escolhidos os integrantes?

Hoje o grupo é composto de músicos que vieram da banda do Exército. Mas tinham alguns policiais que ingressavam na BM, realmente, com uma aptidão para música. Eles faziam um concurso interno e eu pensava em chamá-los. Quem ingressou na turma se dedicou muito. Considero um grupo diferente. É técnico e trabalha com música. O efetivo, hoje em 14 integrantes, ama o que faz. Tem alegria. Pode ter o problema que for, mas quando chega o momento dos ensaios e apresentações, faz com amor. E isso não tem explicação.

O que representa a música para o sargento?

A música na minha vida é muito gratificante. Durante toda a minha trajetória, fiquei quase 33 anos na BM, sempre fui muito grato. Tenho a sensação do dever cumprido, porque todo esse tempo eu fiz aquilo que eu queria fazer, aquilo que eu amava fazer. E ainda carrego a herança do meu pai.

O que mais marcou a sua vida como integrante da Banda da BM?

A banda nas escolas e tocar para os idosos foi uma coisa que deu um resultado muito positivo. Na época da pandemia, quando os asilos não podiam receber visitas nem dos parentes dos internos, nós tínhamos que fazer alguma coisa e não ficar aquartelados. Então, nos apresentamos nos pátios, ou nas janelas. Era uma alegria. A música, durante a minha vida toda, me revelou muitas coisas. Nas escolas também. As crianças têm uma paixão enorme pela música. Alguns falam sobre a vontade de aprender o instrumento. Muitos se identificavam com a música. Portanto, a Banda da Brigada Militar é o elo mais forte entre a instituição e a comunidade.

O sargento pretende seguir na área musical?

Eu sempre tive vontade de trabalhar com criança, porque foi uma coisa que eu presenciei muito quando tocava nas escolas. Tem um projeto que pretendo colocar em prática, que leva a música até as escolas. Há muitas instituições cujos instrumentos estão parados e como tem um grupo da banda que está parado agora, vou me reunir com eles e tentar concretizar esse sonho. Eu sei que a música e o esporte atraem bastante a criançada.

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