O secretário de Qualidade Ambiental de Pelotas, Márcio Souza, apresentou um diagnóstico da pasta em uma audiência na Câmara de Vereadores e afirmou que os processos da secretaria serão agilizados. O encontro foi marcado após representantes de entidades empresariais reclamarem da demora na concessão de licenças por parte da secretaria.
Em sua apresentação, o secretário destacou a falta de funcionários qualificados em todas as áreas e reclamou da falta de integração entre os sistemas das secretarias. Segundo Souza, foram emitidas 101 licenças no primeiro trimestre de 2025 e ainda há 24 pedidos pendentes.
Souza também apontou que o tempo de emissão para licenças diminuiu na comparação com o mesmo período do ano passado, com a demora para licença de instalação de 48 para sete dias. De acordo com ele, só houve aumento no tempo para emissão de licença de instalação e operação, que passou de 35 para 38 dias.
O secretário assumiu o compromisso de se aproximar dos empreendedores para facilitar a atração de investimentos. “Contem conosco para o desenvolvimento, eu recebo pessoalmente o empresário que quiser conhecer Pelotas”, disse.
Em sua fala, o secretário defendeu a responsabilidade ambiental como uma forma de atrair investimentos. “Quando se aponta para um mercado cada vez mais exigente do cumprimento das condicionantes ambientais e quando uma cidade se apresenta com uma fama positiva de cumprimento ambiental, esse processo não se torna impeditivo para o desenvolvimento, se torna indutor do desenvolvimento”, afirmou
O coordenador da Aliança Pelotas, Jorge Almeida, avaliou o encontro como produtivo ao aproximar os empresários da secretaria. “Não há desenvolvimento sem a cooperação e completa integração do público e do privado”, afirma.
Na mesma linha, o presidente da Associação Comercial de Pelotas (ACP), Fabrício Cagol, destacou a importância dessa aproximação. “O secretário certamente é uma pessoa muito qualificada e se mostrou muito aberto a receber a classe produtiva para tentar resolver os impasses”, disse.
“Há uma diferença ideológica bastante grande entre a forma de pensar do secretário e a do setor produtivo, mas acreditamos que o diálogo e a cooperação possam melhorar o ambiente de negócios em Pelotas”, afirma Cagol.