Delfina Reis volta a Pelotas com exposição e oficina no Ágape

Arte

Delfina Reis volta a Pelotas com exposição e oficina no Ágape

Mostra apresenta uma retrospectiva das obras da pelotense, que está radicada em São Paulo

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Delfina Reis volta a Pelotas com exposição e oficina no Ágape
Delfina nasceu em Pelotas, mas aos 19 anos deixou sua terra natal (Foto: Reprodução)

A galeria de arte JM. Moraes, do Ágape, abre a exposição individual Memórias imaginadas, da arista Delfina Reis. O espaço leva ao público uma pequena retrospectiva de 50 anos da carreira da artista. São desenhos multicoloridos, com temas como as poses nos bailes carnavalescos e lembranças das lavouras de arroz planejadas pelo seu pai, o engenheiro agrônomo Luiz Pires Reis. A maioria dos trabalhos é inédita, além de obras que participaram de mostras em Pelotas ou em outras cidades do Rio Grande do Sul. A vernissage ocorre hoje, às 19h, na rua Padre Anchieta, 4.480.

A pelotense Delfina Reis, 66, é mestre em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense UFF), graduada em Desenho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi professora de desenho e plástica na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atualmente orienta cursos livres de Arte, Desenho, Pintura e Escultura em São Paulo, onde reside. No currículo tem ainda mais de 40 exposições individuais no Brasil, Espanha e França.

“Sou uma artista interessada na exuberância das cores e suas relações cromáticas, nas pessoas integradas na natureza e nos animais como pássaros, gorilas, sapos, jacarés e os bichos imaginários”, explica a artista. As poéticas de Delfina Reis se dão por meio de múltiplas linguagens, como: desenho, pintura, gravura, arte têxtil, performance, cerâmica e escultura em papier mache. Algumas obras tem um quê de senso de humor e outras manifestam protestos sem violência. “Atualmente a cerâmica me fascina, criando esculturas e outras peças que servem de suporte e desafio para desenhar sobre elas”, diz.

Filha da artista Luciana Renck Reis, professora na Escola de Belas Artes da UFPel e fundadora do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, Delfina diz que é uma “grande

alegria” voltar a expor desenhos na cidade onde nasceu, em 1957, numa família de artistas mulheres. Além da Luciana Renck Reis, Delfina destacas irmãs Andréa, a mais nova, professora de cenografia na UFRJ, a irmã Ana Luiza, já falecida. “Foi uma grande artista que nos deixou prematuramente”, relembra.

Cheio de alegria

Na infância frequentou a Escolinha de Arte que ficava a 300 metros da casa dela e na adolescência aprendeu muito no curso livre de arte da artista gaúcha Inah Costa. “Fiquei em Pelotas até me mudar para Porto Alegre aos 19 anos, para estudar no Instituto de Artes da UFRGS. O Mestrado em Ciência da Arte, concluí na UFF. Tive dois filhos de quem me orgulho, Pedro e João Reis Garcia. Vivi mais da metade da vida no Rio de Janeiro e atualmente moro em São Paulo”, conta.

Sobre a artista, o consultor de Arte e Curador do Paço das Artes, Instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Renato de Cara, fala: “O trabalho de Delfina é cheio de alegria, cores e animais fantásticos. Em suportes variados a artista procura um mundo mais leve para podermos continuar acreditando”.

Desenho para ceramistas

Além da exposição a artista vai ministrar amanhã e quarta-feira, das 18h às 20h30min, uma oficina de desenho para ceramistas. Os encontros são destinados à ceramistas que buscam ampliar as possibilidades de esmaltação com alternativas originais e autorais. Àqueles que têm vontade de se expressar pelo desenho.

A oficina é tanto os iniciantes como os que querem se aprimorar no desenho artístico e criativo como meio de decorar cerâmicas. O investimento é de R$ 285,00 (Pix ou dinheiro, chave – [email protected]) ou R$ 300,00 (2x no cartão). Mais informações e inscrições pelo telefone (53)98416-6762.

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