Ao decretar situação de emergência em razão dos repetidos alagamentos que Pelotas enfrenta, a prefeitura dá um passo importante para combater um problema que já faz parte da rotina dos pelotenses a cada vez que chove. É a oportunidade de o governo dar respostas robustas a um problema que afeta a cidade como um todo.
Não é aceitável que, em qualquer pancada de chuva mais forte, o centro e, principalmente, os bairros periféricos, fiquem tomados pela água. Nas últimas semanas, foram ao menos três ocasiões em que chuvas passageiras causaram transtornos enormes. O que vai ser da cidade nos períodos mais críticos do inverno, quando as chuvas se intensificam? E se formos atingidos por tempestades mais fortes?
Com o decreto, a gestão ganha mais flexibilidade para investir em ações de drenagem. Poder fazer contratos sem licitação desburocratiza o trabalho das secretarias e do Sanep, mas estes gastos precisam ser feitos com absoluta transparência, responsabilidade e rigor técnico. Cabe à imprensa e ao Legislativo acompanhar de perto e fiscalizar esses gastos e as ações do governo.
Enquanto isso, a população espera que a prefeitura adote medidas eficientes para que a cidade não fique refém dos alagamentos. Medidas paliativas não bastam, é preciso agir para que a infraestrutura de Pelotas esteja preparada para os eventos climáticos que são cada vez mais frequentes e intensos.
