O Centro de Atendimento ao Autista (CAA) Dr. Danilo Rolim de Moura realiza até sábado a 12ª Semana Municipal de Conscientização sobre o Autismo. A programação inclui exposição de arte, rodas de conversa, seminário, visitação ao CAA, festa de aniversário e uma caminhada de encerramento.
Neste ano, uma exposição de arte e mostra fotográfica acontecerá todos os dias na Sala Frederico Rua Trebbi até o dia 4 de abril. No dia mundial de conscientização sobre o autismo, 2 de abril, vai acontecer o Seminário Educação Inclusiva: em foco, o TEA. No cronograma estão previstas palestras sobre o contexto atual da educação inclusiva no Brasil, sobre a importância da atividade física para crianças, jovens e adultos com TEA, entre outros temas. As atividades acontecem das 8h às 17h30min no Auditório Dom Antônio Zattera e as inscrições devem ser feitas pelo link t.ly/TCARX.
Centro completa 11 anos de atuação
Inaugurado em 2 de abril de 2014, o CAA oferece atendimento educacional especializado para alunos com TEA da rede municipal de Pelotas. Desde 2018, funciona na Rua General Argolo, no prédio do antigo Hospital Cruz de Prata. Atualmente, realiza cerca de 3.416 atendimentos mensais e busca ampliar sua equipe para atender mais alunos.
Em 2024 o centro realizou 34.160 atendimentos com pessoas de todas as idades. Em 2021 a através do Decreto 64 62/2021 o centro passou a dar prioridade para os alunos da rede municipal de ensino, o que dificulta a entrada de novos alunos que não estudam em escolas municipais. “Aqueles que já tinham atendimento no Centro, mesmo sem ser da rede municipal, permaneceram. Mas a partir deste momento, com a prioridade, dificilmente teremos ingresso de outras redes”, afirma Débora Jacks diretora da instituição.
Legado e continuidade das ações
Algumas iniciativas da Semana poderão ser incorporadas ao trabalho permanente do Centro, como formações continuadas, articulação com escolas e parcerias com a UFPel. O Centro também busca fortalecer a integração com os serviços de Saúde e Assistência Social, mapear a realidade das famílias atendidas e criar uma central de monitoramento e acompanhamento dos alunos. A criação dessa central facilitaria a identificação dos demais atendimentos externos ao CAA, conseguindo desta maneira distribuir de forma mais equitativa os atendimentos, evitando duplicidade, possibilitando uma maior funcionalidade.
Além disso, a instituição mantém suas portas abertas para visitas agendadas e aposta na divulgação de suas ações em redes sociais e eventos acadêmicos para ampliar o engajamento da comunidade. “É necessário que as informações circulem e que as ações sejam pensadas de maneira colaborativa, complementares, visando resultados positivos, seja no atendimento direto às pessoas com TEA ou no acolhimento às famílias”, destaca Débora.
