Rapper Zudizilla faz sua estreia no palco do Lollapalooza Brasil
Edição 18 de fevereiro de 2025 Edição impressa

Segunda-Feira31 de Março de 2025

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Rapper Zudizilla faz sua estreia no palco do Lollapalooza Brasil

Artista pelotense, primeira atração do palco Budweiser neste sábado, celebra o momento

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Rapper Zudizilla faz sua estreia no palco do Lollapalooza Brasil
Multifacetado músico convocou uma banda de peso para o show. (Foto: Caio Henrique)

Zudizilla é um dos artistas brasileiros nesta edição do Lollapalooza Brasil. O show de estreia do rapper pelotense neste festival internacional é neste sábado (29), às 12h45min, no palco Budweiser. Esse é o mesmo espaço que se apresenta o cantor e compositor canadense Shawn Mendes, à noite, encerrando as atividades do dia. O Lollapalooza começou sexta-feira (28) e vai até domingo (30) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Com uma trajetória de mais de 20 anos, o artista visual, beatmaker e produtor musical Zudizilla tem na bagagem cinco álbuns. O mais recente é Zulu: Quarta parede (Vol. 3), lançado em julho de 2023. Mas foi com Zulu Vol.2: De César a Cristo que recebeu o prêmio Rap Brasil na categoria Melhor Álbum do Ano (2022), reconhecimento que o projetou nacionalmente.

Há cinco anos Zudizilla mora em São Paulo em busca de projetar seu trabalho para além das fronteiras gaúchas. O que deu certo, sua obra consistente foi reconhecida no centro do país. Atualmente é casado com a cantora baiana Luedji Luna, com quem tem um filho.

Contrato em agosto

No início de setembro do ano passado, quando surgiram rumores de que seria uma das atrações do mega evento, Zudizilla, que guardava a informação em segredo desde agosto, confirmou ao A Hora do Sul a super novidade. “Tô feliz pra caramba”, disse na época sobre a estreia em um grande festival internacional.

Em março deste ano a sessão Pop Arte do portal G1 incluiu o pelotense, criado na rua Iara Silva, da Guabiroba, como um dos dez novos nomes brasileiros do festival, no rol dos artistas que: “vale a pena conhecer”. Com um estilo inconfundível, caracteriza o seu trabalho pela força poética de suas letras e pelos experimentalismos que aproximam seus beats ao jazz.

“Senso de responsabilidade”

Agora finalmente chegou a hora de levar a turnê de Zulu (Vol. 3): Quarta Parede, do álbum de encerramento da trilogia de Zulu – ou Ópera Preta, ao público do Lollapalooza. Sobre esse momento especial da sua carreira, o artista conversou com o A Hora do Sul e contou um pouco de como será esse show.

Como tu vês essa estreia no Lollapalooza?

Com muito senso de responsabilidade, alegria e com a sensação de que o trabalho desenvolvido está sendo visto, por mais que hoje só se observem números, estamos em um bom caminho.

Estar no line up de um evento como esse muda alguma coisa no direcionamento da tua carreira?

Não, pelo contrário: ele fortalece a ideia que tenho de arte, música e negócios.

Como foi preparado esse show? Vais apresentar composições de toda a carreira ou só as mais recentes?

Eu sou como um técnico de futebol à moda antiga, onde o campo escala jogador e não eu. Por mais que eu tenha feito a direção desse show, as músicas selecionadas para esse momento, parece que nasceram pra ele e foram cada vez mais fazendo sentido, então teremos sim um apanhado de meus anos de rap, e mais do que música eu trago uma história que começa em Pelotas e que vai até o palco principal de um dos maiores festivais do mundo.

E esteticamente, quais foram os cuidados?

Minha estética é sonora e não visual, quanto a isso nós tomamos cuidado pra dessa vez apresentar um projeto quase que 100% orgânico. Se em outros momentos utilizamos o DJ ou o VS para ter elementos do beat no show junto com o orgânico, dessa vez a minha banda com muita competência entrega tudo e muito mais fazendo de minhas músicas um grande espetáculo pro dia 29 (este sábado).

Quem vai estar contigo no palco?

São músicos e DJ que estão contigo há muito tempo? Minha banda base é um power trio de jazz que conta com Gabriel Gaiardo no piano, Júlio Lino no baixo e Maurílio “Pé Beat” na bateria. Para ampliar a sonoridade temos a entrada de Amandinha na Guitarra, Jorginho e Lucas Gomes nos sopros, e não poderia deixar de ter o meu grande amigo e talentoso DJ Nyack pra trazer a linguagem do rap pro palco.

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