O futuro do PS precisa ser bem costurado
Edição 18 de fevereiro de 2025 Edição impressa

Segunda-Feira31 de Março de 2025

Editorial

O futuro do PS precisa ser bem costurado

O futuro do PS precisa ser bem costurado
A transição não poderá ser feita com pressa. (Foto: Rodrigo Chagas)

A revelação de que o fim das operações do atual Pronto Socorro de Pelotas deixará um passivo de R$ 40 milhões é estarrecedora. O relatório apresentado pelo prefeito Fernando Marroni (PT) põe que obrigações trabalhistas serão os principais desafios da migração da atual sede, na rua Santa Tecla, para o novo prédio, que deve ser inaugurado no segundo semestre, na avenida Bento Gonçalves. É preciso ajustar bem o passo para que um avanço não se torne um rombo para o município.

A mudança de sede do Pronto Socorro é extremamente necessária ao pé que a sede atual é defeituosa em diversas frentes, desde a estrutura até a localização. Para uma cidade de nosso porte e referência estadual, não tinha mais lógica seguir em um local tão complicado. A transição, porém, contará com atualização de gestão e é aí que mora o perigo atual. Afinal, viemos de um recente trauma de desvios de recursos e é preciso que o novo desenho administrativo traga mecanismos que vedem a corrupção vista no passado recente.

Para gerir o novo hospital, é preciso alinhavar praticamente tudo, ao que parece. Entregar a parte de engenharia é a parte mais fácil de inaugurar um centro hospitalar. Há toda uma demanda de equipamentos, processos, transição, implementação de gestão e de tecnologia que precisam ser desenhados com o maior do zelo. É o tipo de operação que não pode trabalhar com a possibilidade de falhas ou pausas. É questão de vida ou morte, no sentido mais literal da expressão.

A transição não poderá, portanto, ser feita com pressa ou com pontos a serem definidos. É urgente que o ajuste entre prefeitura, Estado e possivelmente governo federal esteja totalmente azeitado, afinal há muitas respostas a serem encontradas. Por exemplo: se o espaço será de alcance regional, Pelotas ficará com toda a responsabilidade financeira? E os equipamentos? E todo o resto? Tudo deve estar acertado até agosto. Se não estiver, o hospital não deveria abrir e isso causaria mais uma série de problemas para toda a região.

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