Os vereadores de Pelotas decidirão nesta terça-feira (25) se aceitarão as representações que pedem a abertura de processo de cassação contra Fernanda Miranda (PSOL), após a vereadora ter sido flagrada com dois cigarros de maconha em um evento de carnaval no começo do mês.
Ao todo, o jurídico da Câmara reconheceu a admissibilidade de cinco representações feitas contra a vereadora. Porém, antes da instauração do procedimento na Comissão de Ética, os pedidos precisam ser votados em plenário. A tendência é de que eles sejam aceitos, mas vereadores consideram não haver votos para aceitar a cassação. Para a perda de mandato, é necessário o apoio de dois terços da Câmara, ou seja, 14 dos 21 vereadores.
Na semana passada, o plenário aceitou uma representação contra o vereador Cauê Fuhro Souto (PV) feita por Ivan Duarte (PT), após o A Hora do Sul revelar que Cauê destinou uma emenda de R$ 650 mil para uma associação em que o irmão aparece como presidente. Ele nega haver irregularidades.
Vereadora mobiliza redes
Alvo de ataques após ter sido flagrada com maconha, a vereadora Fernanda Miranda mobilizou apoiadores nas redes sociais nos últimos dias com a hashtag #FernandaFica. “Querem calar o mandato mais votado da cidade de Pelotas”, disse a vereadora em um vídeo que acusa a extrema-direita de usar de forma oportunista. “Uma situação pessoal, que diz respeito a minha vida privada, onde eu não estava em atividade parlamentar e que não configura crime”, afirmou
A vereadora também publicou vídeos de apoio de eleitores, das deputadas Luciana Genro (PSOL) e Fernanda Melchionna (PSOL), dos vereadores de Porto Alegre Pedro Ruas (PSOL) e Grazi Oliveira (PSOL) e da ex-deputada Manuela d’Ávila.