Dnit faz escoramento provisório de ponte sobre o rio Piratinizinho

BR-293

Dnit faz escoramento provisório de ponte sobre o rio Piratinizinho

Uma vistoria será realizada nos próximos dias. Laudo permitirá a passagem gradual de veículos de carga

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Dnit faz escoramento provisório de ponte sobre o rio Piratinizinho
Estrutura apresentou problemas e passa por intervenção desde fevereiro, ainda sem data para ser entregue. (Foto: Reprodução)

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está implementando um sistema provisório de escoramento na ponte sobre o rio Piratinizinho, no quilômetro 68,56 da BR-293. O coordenador-geral do Dnit, Vladmir Casa, explica que a medida busca garantir o tráfego de caminhões até a conclusão da recuperação definitiva da estrutura. A ponte segue sendo monitorada com o uso do sistema de pare e siga.

A previsão é que, nos próximos dias, uma nova vistoria seja realizada, com um laudo a ser emitido no início da próxima semana, possibilitando a liberação gradual da passagem de cargas. O gestor esclarece que não está sendo realizado nenhum teste de carga no local, ao contrário do que foi informado nesta semana pela prefeitura de Pinheiro Machado.

Casa afirma que o sistema de pare e siga deverá durar cerca de 60 dias, período em que os técnicos do Dnit continuarão avaliando as condições da ponte e os reparos necessários. Ele reforça que a prioridade é garantir a segurança do tráfego até a conclusão das obras de recuperação definitiva, mas que, a partir da liberação do laudo, os veículos de carga poderão transitar pelo local.

Impactos no transporte de cargas

A situação tem gerado preocupação na região. Caminhoneiros que trafegam com frequência entre Bagé e o porto de Rio Grande relatam dificuldades devido ao bloqueio da ponte e à necessidade de utilizar um caminho alternativo. Segundo o transportador Luís Carlos Einhardt, o desvio obrigatório até Caçapava do Sul aumentou o tempo de viagem em aproximadamente 2h30min, gerando custos adicionais com pedágio e combustível. Sem a liberação da ponte, ele calcula uma perda de 25% na produtividade.

A situação agrava ainda mais a já reduzida margem de lucro dos fretes, que sofre impacto constante com a alta no preço dos combustíveis. Além disso, ele cita que o desvio alternativo gera a concentração de mais veículos na BR-392, elevando o risco de acidentes e dificultando a fluidez do tráfego.

O setor de transporte e o agronegócio, que dependem diretamente da logística eficiente para escoamento da produção, torce para que a situação volte ao normal o mais rápido possível. O problema ocorre justamente no período da safra, quando a demanda por caminhões aumenta bastante, tornando a liberação da ponte essencial para evitar prejuízos e gargalos no transporte.

Impacto nos municípios

Com o acesso bloqueado para veículos de carga, alguns municípios da região também sofrem prejuízos. Em Candiota, o principal problema envolve o transporte de passageiros. Segundo o prefeito Luiz Carlos Folador (MDB), por conta da interdição, os ônibus intermunicipais que fazem o trajeto até Pelotas precisam se deslocar primeiro a Caçapava do Sul, ampliando o tempo de viagem e o gasto de combustível.

Ainda assim, Folador confia que o trabalho de recuperação de ao menos um dos lados da estrada seja concluído até o final do mês, conforme compromisso assumido pelo superintendente regional do Dnit, Hiratan Pinheiro da Silva.

Em Piratini, não houve problemas em relação ao comércio local, pois o trecho em análise fica localizado depois da entrada da cidade. No entanto, o secretário de Obras, Alexandre Krause, informa que algumas estradas e pontes do interior do município ficaram destruídas por conta do excesso de peso, já que foram utilizadas como alternativa por motoristas de veículos pesados.

Relembre o caso

A ponte sobre o rio Piratinizinho, na BR-293, foi bloqueada no fim de fevereiro para estudos de infraestrutura, após o Dnit identificar problemas nas vigas. Com isso, veículos pesados passaram a realizar desvio, impactando o acesso a municípios da região. Esse bloqueio gerou preocupações sobre o aumento de preços e dificuldades logísticas, especialmente para ônibus e caminhões.

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