Câmeras corporais são um sucesso

Editorial

Câmeras corporais são um sucesso

Câmeras corporais são um sucesso
Neste mês, o Rio Grande do Sul completa seis meses de uso experimental da tecnologia. (Foto: Divulgação)

Na Bahia, o uso de câmeras em uniformes de policiais foi associado à redução em 8,5% da letalidade das operações no ano passado, mostram dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (REP), antes irredutível contra o equipamento, mudou de ideia e reconheceu que estava errado. Neste mês, o Rio Grande do Sul completa seis meses de uso experimental da tecnologia, com queda em prisões por desacato, casos de resistência à prisão e de sindicâncias abertas por irregularidades na atuação dos brigadianos.

Tudo o que se levantou até o momento vai ao encontro da mesma resposta: as câmeras em uniformes de policial são um sucesso. Tanto para a segurança da população, para evitar possíveis abusos – que todos sabemos que são uma realidade – quanto para a proteção do próprio agente público. Vivemos em uma era plenamente digital em nossas vidas e a garantia de que o serviço será feito dentro dos protocolos, sem deixar qualquer possível problema para a palavra de um contra o outro, é fundamental para conferir lisura a todo o processo.

Não se pode partir do princípio de que todo policial comete abusos. Pelo contrário, é uma minoria. Mas há alguns setores em que “algumas laranjas podres” não cabem. E a garantia de deixar claro quem é quem faz bem para a imagem da própria polícia. Quem pisar fora da linha dos protocolos técnicos é identificado e encaminhado aos trâmites corriqueiros. Dessa maneira, quem trabalha bem segue com sua reputação ilibada.

É hora de debater a expansão das câmeras corporais para todas as tropas. Obviamente, o custo será elevado, não apenas do equipamento, mas de todo o resto que envolve isso. No entanto, deve ser visto como um investimento em qualidade de vida para o profissional, segurança para a população e garantia de fortalecimento da imagem das nossas polícias. Inclusive guardas municipais e outros órgãos de segurança deveriam começar a discutir o tema. Se tudo indica que os resultados são positivos, eles não podem ser ignorados.

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