Rio Grande busca solução para gastos com resíduos sólidos

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Rio Grande busca solução para gastos com resíduos sólidos

Grupo de trabalho deve apresentar em maio proposta para modernização do sistema

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Rio Grande busca solução para gastos com resíduos sólidos
Atualmente, município gasta R$ 13,2 milhões por ano com o transporte da coleta até o aterro de Candiota. (Foto: Divulgação)

Rio Grande é um dos mais de 30 municípios gaúchos que realizam o descarte de seus resíduos sólidos no aterro sanitário de Candiota. Nesta semana, a administração municipal criou um grupo de trabalho para buscar alternativas para a gestão do lixo.

Anualmente, Rio Grande gasta cerca de R$ 13,2 milhões no transporte e destinação final dos resíduos para Candiota. Em contrato, o Executivo paga R$ 113,40 por tonelada para a empresa Meioeste Ambiental, responsável pelo aterro sanitário.

Com contrato encerrando em 1º de abril, a prefeitura ainda discute a possibilidade de uma renovação temporária. “Estamos trabalhando na possibilidade de um outro desenho ou renovar [o contrato] por um tempo até que se tenha um outro desenho […] Eu quero um outro desenho e eu tenho dito isso e tenho procurado isso em diversos municípios”, argumenta a prefeita Darlene Pereira (PT).

Trabalhos

Composto por dez pessoas, o grupo possui representantes do secretariado municipal, da Universidade Federal do Rio Grande e do IFRS. Serão 60 dias de trabalho para apresentar uma proposta de modernização do sistema atual de descarte de resíduos sólidos urbanos.

A primeira reunião de alinhamento ocorreu na última terça-feira. Entre as principais definições está a elaboração, por parte da Secretaria de Serviços Urbanos, de um diagnóstico e de uma proposta de trabalho e o lançamento de um edital público.

“Já tivemos diversas sugestões, uma delas, acolhida pelo grupo é nós apresentarmos a partir do mês que vem, um edital de chamamento público, para apresentação de projetos de manifestação de interesse, uma PMI, para soluções inovadoras para gestão de resíduos sólidos”, afirma o secretário de Serviços Urbanos, Dirceu Lopes, que lidera os trabalhos do grupo.

O documento e o encaminhamento do edital deverão ser apresentados no próximo encontro, marcado para a última semana de março.

Transformar a despesa em receita

Conforme o secretário, o município “literalmente enterra dinheiro”. Para ele, os resíduos sólidos são ativos importantes e devem ser valorizados.

“Queremos aproveitar o máximo possível o resíduo sólido urbano e transformar ele em um ativo, aproveitando para energia, para móveis próprios, com bancos de praças, estruturas para escoamento pluvial, placas de trânsito, pavimento. Existe uma série de implementos que podem ser feitos pela transformação com tecnologia com esse resíduo”, argumenta.

Novas tecnologias

A publicação de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) possibilita que empresas apresentem e ofertem suas tecnologias para a gestão de resíduos sólidos do município. Depois, conforme Lopes, o grupo realizará “estudos complementares para escolher a melhor ou as melhores tecnologias para implantar”. O objetivo é que “só deposite em aterro sanitário aquilo que não pode ser aproveitado”, contribuindo para sustentabilidade ambiental e financeira do município.

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