O Carnaval do Cassino teve em 2025 o seu maior evento pós-pandemia. Ao todo, cerca de 260 mil pessoas participaram dos cinco dias de folia, que contou com o desfile de 29 blocos carnavalescos.
Com blocos para todos os gostos, a diversidade foi um dos grandes atrativos do evento. Algumas entidades desfilaram ao som de grandes baterias, enquanto outras apostaram nos trios elétricos. A folia também contou com a presença de grupos de fora da cidade, como Os Fora da Casinha, bloco composto exclusivamente por pessoas de Bagé.
Elton Gaspar, 61 anos, é morador de Venâncio Aires, e anualmente desfila em diversos blocos carnavalescos do Balneário. “Já fui em muitos carnavais, mas nenhum é como o do Cassino. Aqui é diferente. É muito melhor”, afirma o folião, que, neste ano, participou dos blocos Miss Cangalha, Vem Suando Que eu Te Enxugo e Treta e Trago.
A prefeita Darlene Pereira (PT) celebrou o sucesso da edição e destacou a organização do evento. “O Cassino está mostrando a sua capacidade de acolher as pessoas. Os blocos estão cheios, com muita alegria. Foi tudo muito organizado para ter esse acolhimento ao público”, afirma.
Inclusão em destaque
Entre os destaques do Carnaval do Cassino, o bloco Os 100 Limites chamou atenção mais uma vez. Primeiro bloco carnavalesco inclusivo do Brasil, a entidade, fundada em 2018, cresce a cada ano e contou com mais de 2,5 mil participantes em 2025.
Conforme a organização, mais de 300 crianças desfilaram nesta edição. O bloco conta com a participação de 11 instituições inclusivas, como a Apae e a Escola Especial José Álvares de Azevedo, que recebem todos os lucros do bloco.
Filipe Branco (MDB), vereador e fundador do bloco, afirma que a iniciativa está atraindo cada vez mais pessoas, mas sempre mantendo o seu propósito inclusivo e familiar. “Estamos conseguindo manter o propósito do bloco, que é um bloco familiar, voltado para pessoas com deficiência e que a família nunca conseguia sair junto no Carnaval do Cassino”, destaca.
Segurança reforçada
Conforme a prefeita, o principal desafio estava na segurança do evento. Apesar da preocupação, quem passava pela avenida Rio Grande observava a presença de mais de 200 agentes da Brigada Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal.
Além da grande presença de policiais, a BM disponibilizou um ônibus de videomonitoramento, com câmeras de identificação facial. O veículo é considerado um dos principais motivos da queda dos crimes violentos durante o período carnavalesco. Neste ano, conforme o órgão, foram registradas apenas ocorrências de rotina.
Energia elétrica
O abastecimento de energia elétrica, problemática histórica do balneário, também teve uma significativa melhoria neste ano. Conforme o secretário do Cassino, Miguel Satt, a CEEE Equatorial realizou melhorias em sua rede, o que fez com que, mesmo diante do maior público da história, os moradores e turistas não tivessem problemas de falta de luz, como ocorreu nos últimos anos.