O Bloco Carnavalesco Vaquinha Tiririca é atração desta segunda-feira (3) de Carnaval no Morro Redondo. A concentração começa às 18h30min, na avenida Jacarandá, 43, na frente do Espaço Cultural Waltzer Musik, promotor do evento. Sob o lema Alegria e gentileza, o Vaquinha Tiririca ainda vai passar pela avenida das Acácias antes de voltar ao ponto de partida.
O desfile do Vaquinha Tiririca é uma das atividades propostas no projeto criado pela professora, cantora e produtora cultural Sabrina Waltzer, com financiamento da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), por meio de edital municipal. Além do desfile, também foi realizada uma oficina de percussão com o músico de Pelotas Jucá de Leon, no mês de fevereiro, como preparação ao desfile.
Além da Tiririca, outros dois blocos conseguiram recursos via Pnab. “Os recursos eram poucos, mas cada um conseguiu dar continuidade ao seu Carnaval”, comenta Sabrina. No domingo (9), às 19h, será realizado o desfile da Junção Cultural Bloco Maneirinhos do Rincão, a partir da avenida Jacarandá, 110. No dia 15 deste mês, ocorrerá o baile do Bloco Vó Ernestina, às 20h, no salão Associação Quilombola Vó Ernestina.
“As atividades de Carnaval em Morro Redondo só acontecem em função dos blocos, que vêm se movimentando há alguns anos. Começou com a volta do Carnaval de rua com o Bloco Carnavalesco Vaquinha Tiririca, depois veio a Vó Ernestina, aí veio o Maneirinhos do Rincão. A gente foi se organizando dessa maneira”, conta Sabrina Waltzer.
Memórias que inspiram
O bloco da Vaquinha Tiririca surgiu em 2019, após o retorno de Sabrina a sua terra natal. A professora queria, de alguma forma, reativar o Carnaval de rua do município, que estava parado há cerca de 20 anos. “Tinha o bloco do Boi Salino, que passava aqui, tinha o Cavalinho, a Girafa, depois foi minguando”, relembra.
Sabrina relembra que essa movimentação acontecia desde a década de 1970 até os anos 1990, capitaneada por Elpídio Gonçalves da Silva, apaixonado por Carnaval. Inspirada por essa memória ela criou a Tiririca. “A gente reativou, fizemos em 2019 e 2020”, fala.
Ela diz que o desfile é simples, mas a intenção é para proporcionar aos moradores uma diversão carnavalesca sem precisar sair do município. “Onde todos possam se divertir, por isso o lema Alegria e Gentileza, com a participação de todas as faixas etárias”, comenta.
A base do bloco que desfila é formada por Sabrina Waltzer (harmonia) e Vicente Bierhals, na voz e Lázaro Krolow na guitarra/teclado. Percussão com: Carmen Büttow, Claudiomiro Soares, Everson Nizzoli e Márcio Zanetti. Apesar do recurso do edital, para a Vaquinha sair pra rua foi preciso a ajuda de muitas mãos. “Vem um pouquinho de verba, mas cada um faz a sua parte. Para fazer o evento a gente tem que sair correndo para pegar mais uma verba”, diz.
Mobilização total
Nesta segunda-feira, antes do evento, o grupo se mobiliza para fazer diferentes atividades imprescindíveis para colocar o bloco na rua. O próprio símbolo tem que ser buscado em uma propriedade rural. A “Vaquinha” é uma vaca de treino de rodeio, que o produtor rural Jonas Rockembach empresta.
A decoração ecológica do caminhão que leva a patrona da entidade, as florzinhas “tiriricas”, um inço que nasce em beiras de estradas, também é colhida no dia do evento. “Ainda temos que buscar a dona Maria, nossa porta estandarte, ela é uma foliã incansável. O negócio dela é dançar”, conta Sabrina Waltzer. A prefeitura apoia com alguma estrutura, esse ano, com o caminhão para o som. Indústrias e comércio de Morro Redondo também apoiam o evento.