O Consórcio Público do Extremo Sul (Copes) está apto a participar do Projeto de Ampliação de Mercados de Produtos de Origem Animal para Consórcio Públicos de Municípios. A informação foi confirmada pela coordenação do Sistema Unificado de Adesão à Sanidade Agropecuária (Suasa), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e irá beneficiar cerca de 150 agroindústrias dos 20 municípios que integram o Copes, formado no ano passado com apoio da Associação dos Municípios da Zona Sul.
A criação do Consórcio foi oficializada no ano passado em encontro da Azonasul e as cidades da região que aprovaram a lei já estão se beneficiando da unificação das legislações, dos instrumentos de inspeção e da fiscalização, além das vendas dos produtos entre eles. Com as etapas de qualificação que virão pela frente, o caminho é ampliar essa comercialização para todo território nacional.
Ampliação
O médico veterinário e coordenador técnico do Copes, Carlos Henrique Schabbach, explica que os municípios individualmente têm os seus serviços de inspeção municipal, que é uma delegação de competência da União e do Estado para os municípios. “A organização do serviço de inspeção na forma de consórcio permite, num primeiro momento, que a produção daquela agroindústria que estava restrita a um único município seja ampliada para a área da soma dos territórios dos entes do consórcio.”
A representatividade dessa condição é que um produtor de uma cidade com quatro mil habitantes pode comercializar para uma população de 800 mil, que é mais ou menos o total de pessoas nos 20 municípios que integram o Consórcio. O coordenador adianta que mais três cidades devem fazer parte do grupo. Ele comenta que Pelotas ainda não integra, mas recentemente representantes das 34 agroindústrias da cidade se reuniram com a nova gestão para aderir aos Copes. “Em uma dessas oficinas regionais do Mapa, no Paraná, foram apresentados cases de sucesso de agroindústrias que tiveram um aumento de 600%, 800% e até 1.000% na sua produção, na geração de emprego e na comercialização”, destaca.
Etapas
A próxima etapa é conseguir harmonizar as legislações e a forma de fiscalizar esses 20 municípios. Essa medida gera equivalência com o Sistemas Brasileiro de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários (Sisbi) do Ministério. Os Consórcios Públicos de Municípios qualificados em cadastro de reserva deverão participar de oficinas de orientação para adequação aos requisitos Sisbi e diagnósticos dos seus estabelecimentos. “A primeira atividade do projeto Consin 3 é uma oficina de nivelamento que vai acontecer em Pelotas no dia 25 de março”, antecipa. Serão dois momentos. Um reunirá os gestores de serviço, como prefeitos, secretários, equipes das ciências, equipes de vigilância sanitária, entidades afins. “Na parte da tarde, nós vamos reunir todas as empresas e os responsáveis técnicos. É o momento em que a gente vai nivelar essas informações, apresentar as possibilidades, as vantagens, levar realmente a informação para todas as empresas e as agroindústrias.”
Schabbach lembra que o trabalho junto com a Azonasul, desde o início desse processo, foi fundamental a articulação com os municípios, que fomentou a ideia e possibilitou chegar na etapa atual.
