Esta segunda-feira é uma data marcante: falta um ano para o encerramento do atual contrato entre Ecosul e governo federal para a concessão do Polo Rodoviário de Pelotas. Infelizmente, o tema nos últimos anos foi contaminado por um ar de “brapelização” e é importante que a região tenha equilíbrio e maturidade para encarar os debates sobre a próxima concessão, que iniciam em breve – mas que já deveriam ter começado. É fundamental ter consciência do que queremos, do que é possível e, mais do que tudo, da importância de termos pedágios. E isso tudo com agilidade.
Embora haja ainda alguns traumas, como o alto preço dos pedágios atuais e o temor das absurdas novas praças que o governo federal tenta enfiar na marra, sem discussão prévia, entre Camaquã e Porto Alegre, é preciso saber separar o joio do trigo. Não é possível aceitar que a região fique sob tutela do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Corremos um sério risco de ficarmos com um apagão de infraestrutura viária e de segurança nas pistas. Não podemos voltar a depender de ambulâncias das prefeituras cuidando das estradas, ainda mais com trechos sensíveis como alguns do nosso Polo Rodoviário.
É preciso fazer pressão junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para acelerar o processo dessa concessão o quanto antes. Uma pressão tão forte quanto a que deve ser feita para evitar uma concessão extra no trecho que leva a Porto Alegre. Temos exatamente um ano para garantir esse processo e é fundamental que nossas lideranças sejam atuantes e que as comunidades sejam ouvidas.
Lentidão e burocracia vão custar vidas, se entrarem nesse processo. O ódio cego à ideia de pedágios também. O erro, que foi ter permitido um contrato ser mal amarrado em 1998 e repercutir décadas além, não pode se repetir agora. Não podemos criar fantasmas, nem lutar contra a lógica. A região precisa se mobilizar por um contrato bem ajustado e que seja benéfico para o desenvolvimento regional.