Chegou a época favorita de boa parte dos brasileiros e, aqui na região, com o brinde de temperaturas elevadas para quem vai curtir a praia ou aproveitar com os amigos. Entre tudo isso, é fundamental lembrar de um ponto fundamental: o respeito. É, infelizmente, uma época em que há casos de assédio e desrespeito às mulheres. E, para isso, é fundamental haver consciência. Não é aceitável passar nem um milímetro do limite e é urgente que isso passe a ser praxe.
Na página 21 desta edição, a secretária Marielda Medeiros, da recém-criada pasta das Mulheres em Pelotas, faz esse apelo para sermos uma cidade acolhedora. É fundamental que o Poder Público, imprensa e demais órgãos da nossa comunidade engajem-se a favor disso. No entanto, há um asterisco nisso tudo: as coisas dependem, no fim das contas, de atitudes individuais. De pessoas que ajam com respeito e tratem o próximo com dignidade.
Pelotas é ainda uma cidade muito violenta com as mulheres. A prova disso são os índices de feminicídio elevados no ano passado. O Carnaval não é o causador de nada disso, mas é um evento, como tantos outros, que acaba jogando luz a tal cenário, em um contexto em que agressores e abusadores sentem-se mais à vontade – muitas vezes, com a desculpa esfarrapada do álcool.
E dentro desse apelo por respeito, segurança e consciência, é fundamental lembrarmos que neste ano a folia será em paralelo a uma série de Bra-Péis, que podem acabar com o encaminhamento de um, ou até dos dois, times da cidade à degola no Gauchão. Mais uma vez, é preciso que as torcidas daqui deem exemplo e tratem-se decentemente.
É lamentável ver o momento que os dois clubes da cidade se encontram, mas não há desculpa para que qualquer resultado descambe para a violência. Os órgãos de segurança certamente estarão atentos, mas, mais uma vez, tudo depende mais das ações individuais do que de qualquer outra organização.
Que tenhamos festas bonitas em Pelotas. Só depende de cada um!
