Sem luz desde 2023, escola estadual da região tem sistema elétrico improvisado
Edição 18 de fevereiro de 2025 Edição impressa

Segunda-Feira17 de Março de 2025

Arroio do Padre

Sem luz desde 2023, escola estadual da região tem sistema elétrico improvisado

Instituição não tem energia elétrica própria desde ciclone extratropical de setembro de 2023

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Sem luz desde 2023, escola estadual da região tem sistema elétrico improvisado
Fios expostos são motivo de preocupação por parte da equipe escolar.

Atingido pelo ciclone extratropical em setembro de 2023, a Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Arroio do Padre ainda não conseguiu se reestruturar. O local tem investimento estadual para reforma externa, porém segue se energia elétrica própria e improvisa sistema para possibilitar aulas.

Luciane Vitoria, diretora da escola, conta que o sistema improvisado é composto por “bicos de luz” que são conectados a um poste de energia elétrica. “Não temos nenhuma tomada. Não podemos ligar nenhum aparelho. Máquina de xerox, nada”, desabafa.

A escola possui cerca de 200 alunos e atua nos três períodos – manhã, tarde e noite. Luciane garante que antes do sistema improvisado as aulas eram realizadas somente de forma remota.

Apesar de estar localizada no Centro, conforme o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), grande parte dos estudantes reside na zona rural do município e tinham dificuldade de acompanhar as aulas, por conta do sinal de internet. O fato foi um dos motivos para a adaptação no sistema elétrico.

Insegurança 

A solução temporária já dura sete meses e segue gerando insegurança para os alunos. Por sorte, conforme a diretora, nenhum incidente foi registrado. Porém, Luciane afirma que “é uma preocupação constante”.

Estragos

Conforme a gestora, a escola ficou sem telhado durante quase um ano. “A gente ficou de setembro [de 2023] a agosto [de 2024] sem telhado, chovendo direto, desde o ciclone”, conta. Sem a cobertura, a chuva danificou todo o sistema elétrico da escola.

“A empresa que foi contratada em fevereiro, arrumou o telhado e pintou a escola. A empresa também seria para reformar a elétrica, só que eles entenderam que não tinha condição, depois de tanto tempo chovendo, ela foi totalmente deteriorada”, explica.

Impasse na reestruturação

A negativa da empresa gerou um novo processo de contratação, que ainda não foi concluído. “Começou um novo sistema de orçamentos de ata também, para fazer o conserto da reforma elétrica nova. Até agora está na Seduc [Secretaria Estadual de Educação], em Porto Alegre, e não retornou ainda para assinar o contrato”, conta.

Investimentos externos 

O governo do RS iniciou em janeiro uma obra de recuperação de muros, telas e do acesso escolar da EEEM Arroio do Padre. Com investimento de R$ 403 mil, o serviço está sendo executado pela empresa Engpac, sob fiscalização da 5ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), de Pelotas, e tem previsão de conclusão na segunda quinzena de abril.

Procurada pelo jornal A Hora do Sul, a Coordenadoria Regional de Obras Públicas (CROP) de Pelotas não respondeu aos questionamentos até o fechamento da reportagem.

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