Investimento bilionário para construção de navios, com geração direta de 1,4 mil empregos. Avanço de projeto bilionário da primeira biorrefinaria brasileira, com geração de quatro mil empregos. Mais de 300 vagas formais criadas no primeiro mês do ano, representando 80% dos novos empregos criados na Zona Sul em janeiro. Essas informações constam nas últimas três capas do A Hora do Sul, entre terça e quinta-feira e refletem um cenário impressionante da onda positiva que vem atingindo Rio Grande atualmente.
A cidade, que completou 288 anos neste mês, vem superando um longo período de depressão e parece entrar em um ciclo virtuoso e de animação, impulsionada pelo Polo Naval. O desafio agora é acelerar esse ritmo e garantir que isso se mantenha a médio e longo prazo. No entanto, é encantador ouvir os empresários e demais lideranças locais sobre a mentalidade positiva que vem tomando conta das perspectivas de futuro da cidade. Tem tudo para liderar o crescimento econômico e social da Zona Sul nas próximas décadas.
Tal afirmação tem base, embora alguns “se’s” ainda estejam no caminho da efetivação. Se sair do papel a ponte com São José do Norte, o Porto será expandido e sua capacidade aumenta enormemente. Se o TCU liberar a termelétrica a gás, mais R$ 6 bilhões vão ser investidos, um dos maiores da história do RS. Há ainda projetos de energia eólica offshore, geração de hidrogênio verde e até potencial captação de petróleo na costa, certamente usando a cidade como base. Ou seja, há enormes perspectivas no futuro, que contará em breve com um terminal da CMPC, a expansão do terminal do CCGL e aumento do Tecon.
Pelotas precisa se organizar para entrar nessa onda, junto com outras cidades da região. A cidade ainda, volta e meia, trava para discutir amenidades e aleatoriedades, enquanto a vizinha olha para o futuro. Serve de exemplo e serve de alerta para não apenas pegar carona, mas criar o próprio ciclo.