Safra da oliva 2025 deverá ser melhor do que a de 2024 no Estado

Agronegócio

Safra da oliva 2025 deverá ser melhor do que a de 2024 no Estado

Entretanto, para a Zona Sul a perspectiva de colheita é negativa, estima Emater

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Atualizado quinta-feira,
27 de Fevereiro de 2025 às 14:59

Safra da oliva 2025 deverá ser melhor do que a de 2024 no Estado
Algumas áreas da região não devem ter colheita, devido aos impactos climáticos na Metade Sul. (Foto: Jô Folha)

Apesar de no Estado a perspectiva ser levemente positiva para a próxima safra de oliva, ao menos em comparação com a safra de 2024, na Metade Sul o cenário é mais desanimador. Devido a alta umidade no solo e no ar e a baixa insolação no período de floração enfrentadas no último ano, a expectativa para a safra é ruim. Em algumas áreas, não deverá ter colheita.

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater-RS, a safra sofreu graves reflexos do clima desfavorável. No município de Piratini, por exemplo, em uma área de 35 hectares, a colheita não deverá chegar a uma tonelada. “Com os produtores que estamos conversando, a expectativa é ruim. Tem produtores que estão avaliando se vale a pena entrar na lavoura para fazer a colheita”, informa o assistente técnico regional de fruticultura e supervisor Regional da Emater, Edgar Norenberg.

A Emater ainda não fez a estimativa de colheita para a região. “Canguçu, município com maior número de hectares com oliveiras, a expectativa é ruim e em Piratini praticamente não terá safra”, comenta. Na região, o período da colheita pode ir até o começo de abril.

Cenário Estadual

Para o Estado, as perspectivas para a safra de oliva são mais positivas; com colheita superior a 2024, de 190 mil litros. Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) em coletiva sobre Abertura da Colheita da Oliva, os dados sobre a colheita de 2025 serão divulgados apenas em abril.

Durante o evento, o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, detalhou que serão intensificados os contatos com o meio acadêmico e a Embrapa Clima Temperado, para a realização de novas pesquisas com foco em aumentar a produtividade da oliveira mesmo em períodos de clima adverso.

Um dos temas já propostos pelo Ibraoliva seria o de ampliar os conhecimentos sobre polinização forçada dos pomares. “Depois de quebras de safra e redução de volume, os produtores se questionaram sobre produção de forma constante e variedade que apontam nesta direção, como a koroneike, advinda da Grécia. Outras, por nossa experiência, comprovaram não atingir a produtividade esperada”, explicou Fernandes durante o evento.

Para realização dos estudos, o Ibraoliva junto ao governo do Estado estuda  uma área em Hulha Negra (RS), de cerca de 200 hectares para se tornar uma referência para o setor e, inclusive, uma espécie de escola e sediaria pesquisas em prol da olivicultura.

A abertura Oficial da Colheita da Oliva será realizada no dia 7 de março, em Cachoeira do Sul. O evento será sediado na propriedade da Puro Azeite, onde o pomar possui 200 hectares plantados com mais de dez variedades de olivas. A Abertura da Colheita da Oliva, que chega à sua 13ª edição, contará também com palestra sobre o setor.

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