Vêm se tornando preocupantemente mais recorrentes as notícias sobre crimes contra o comércio na região central de Pelotas. Na edição de hoje, foi a vez de uma cafeteria (mais uma) que foi arrombada durante a madrugada e agora soma prejuízos. Recentemente, contamos a história da dona de papelaria que foi alvo dos bandidos sete vezes e cogitou fechar o negócio. Diante deste cenário, é essencial uma resposta imediata dos órgãos de segurança. Por mais que Pelotas se orgulhe das estatísticas baixas de criminalidade na maioria dos quesitos, é preciso trazer segurança para o empreendedor e para o Centro.
Não é fácil gerir um negócio, em especial com o contexto macroeconômico que vivemos nos últimos anos. Quando se é tirada também a segurança de dormir tranquilo, com o temor de acordar no dia seguinte, ver sua empresa revirada e precisar somar prejuízos, é estarrecedor. Como a dona da papelaria, quantos outros estão cogitando abandonar? Quanto nossa cidade perde em empregos, renda e impostos com isso?
Os órgãos de segurança repetem, com razão, que é preciso realizar boletins de ocorrência para se montar padrões e definir ações. É justo. No entanto, mais do que isso, é preciso que haja ronda constante na região central após certa hora. Se a cidade hoje é mais segura em diversos pontos, há ainda um sinal de insegurança claro em um sentido. Portanto, não é possível esperar, precisa é reforçar as operações para devolver a sensação de paz a uma região que já é economicamente sensível.
Entre todos os cenários para termos uma cidade melhor de se viver, a segurança é um dos mais fundamentais. Batemos no peito para comemorar que reduzimos assassinatos como poucos conseguiram na história desse país, que os assaltos a mão armada, sequestros e afins passam longe de nossa realidade, mas é preciso atacarmos na raiz qualquer tentativa de um novo tipo de crime se estabelecer. Precisamos estar seguros, em nossas casas, ruas e empresas. Assim, a cidade cresce.