O trecho da BR-293 sobre o rio Piratinizinho, em Piratini, está com o tráfego de veículos de carga totalmente bloqueado. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a medida é necessária para estudos de avaliação da estrutura e a segurança dos motoristas. O bloqueio no quilômetro 68,56 deverá permanecer até que os levantamentos sejam concluídos, e a previsão inicial de duração deste processo é de três semanas.
Desde o último sábado o DNIT recomenda que os veículos de carga não circulem pelo trecho. Para chegar a Bagé, a autarquia federal propõe como rota alternativa por rodovia pavimentada a utilização da BR-392, de Pelotas até Caçapava do Sul e, em seguida, a BR-153. O tráfego para veículos de passeio segue liberado em meia pista na BR-293, no sistema pare e siga.
Problemas em vigas
De acordo com o coordenador geral do DNIT em Pelotas, Vladmir Casa, foi identificado um problema nas vigas da ponte que atravessa o rio Piratinizinho, e isso justifica a necessidade de uma análise mais aprofundada. Até o momento, não há risco de interdição total da pista. Até então, o DNIT instalou barreiras físicas e sinalizou a rodovia para garantir a segurança dos usuários e evitar que caminhões utilizem o trecho. A fiscalização conta com o auxílio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Piratini preocupada com comércio
O secretário de obras de Piratini, Alessandro Krause, fala que, embora o principal acesso ao município não seja afetado, já que a interdição ocorre após o trevo no sentido Pelotas-Bagé, o bloqueio traz um impacto significativo para o comércio da região. Ele também informa que já deslocou algumas das motoniveladoras (patrol) pois, provavelmente, carretas começarão a entrar nas estradas do município.
Além disso, o município afirma que não foi avisado com antecedência sobre o atual estado da ponte. Para Krause, com a notificação prévia sobre o bloqueio para veículos de carga, a prefeitura de Piratini poderia ter tempo para organizar uma estrada específica a ser utilizada como desvio.
Pinheiro Machado cita preços
Outro município afetado pela obstrução é Pinheiro Machado, localizado cerca de 37 quilômetros depois da estrutura em análise, em direção a Bagé. O prefeito da cidade, Ronaldo Madruga (PP), diz que aguarda a avaliação do DNIT, e não havendo possibilidade da passagem de caminhões, espera uma alternativa imediata para restabelecer a situação. Sobre os impactos, a entrega de produtos será afetada, o trajeto ficará mais longo e isso resultará no aumento do preço final, aponta Madruga.
