Em meio a tantos percalços, o agronegócio é mais do que uma força que apresenta resultados: é um motor inspirador para o restante da comunidade. A magnitude da Abertura Oficial da Colheita do Arroz, nos últimos três dias, mostra que há uma potencialidade absurda aqui na região, que nos coloca em uma posição estratégica para alcançar resultados que impactam em diversas outras frentes. Somos o celeiro produtivo do arroz nacional, um dos itens básicos do prato do brasileiro e isso precisa ser valorizado.
Temos um grande desafio pela frente, que é pensar o agronegócio em um momento de crise climática e mudança de posturas de toda a comunidade nesta frente. Há ainda quem confunda coisas e coloque todo o agro em um balaio negativo, por culpa de pouquíssimos que não se preocupam com a questão ambiental. No entanto, o caminho agora é procurar através da ciência e da tecnologia soluções para encarar o mundo que vivemos. E essa é uma outra força da nossa região, de vanguarda na engenharia agrícola.
Diante de tudo o que foi visto nos últimos dias na Embrapa Terras Baixas, no Capão do Leão, e do que historicamente é feito, é perceptível que nosso agro está mais forte do que nunca, demonstrando resiliência em momentos tão duros. E isso se dá muito pela percepção da necessidade de aliar ciência e campo, tecnologia e tradição, com organização voltada a aumentar a produtividade e reforçar capacidades. Mesmo em momentos difíceis e diante de prejuízos, o campo se reinventa e fortalece.
Isso é um recado que deve ser repercutido em todas as frentes da sociedade. Uma área tão sensível, que pode perder tudo em uma noite de chuva ou em uma sequência de sol, se faz frio ou se faz calor, mas mesmo assim não desiste. Para tantos desafios, surgem ainda mais soluções e segue-se em frente. Há muitas lições para tirar disso. A principal delas é que o agro é uma das principais valências da Zona Sul e precisa ser levado em consideração e valorizado.
