Em todas as projeções de futuro positivo para a região, todas passam por um ponto: fomento à educação. É através das nossas universidades que vamos gerar mão de obra qualificada para atrair empresas, gerar renda e garantir empregos. É através da ciência produzida aqui que vamos nos estabelecer como um polo de saúde e referência no setor. Mas, antes de tudo, é preciso reforçar a educação básica, em anos iniciais e ensino fundamental.
É recém a primeira semana de volta às aulas, mas preocupa alguns relatos de falta de professores e servidores. A gestão que acabou de assumir agora corre para tentar fazer contratações emergenciais e, ao menos, garantir que haja pessoal para fazer as escolas funcionarem. É, sem dúvidas, o mínimo. É assustador ter chegado a este momento com um déficit de, pelo visto, cerca de cem profissionais nas escolas.
Mas, se isso está sendo resolvido, há uma preocupação ainda maior que passa pela questão estrutural das escolas, já que Pelotas hoje é uma cidade com recursos escassos e uma herança extremamente complexa nesse sentido. Alguns educandários estão em obras, outros em vias de receber melhorias, mas a cidade vem há alguns anos patinando neste sentido. É preciso que a escola seja um ambiente atraente, que estimule o aluno a permanecer nela. Falamos muito no conteúdo, em sala de aula e no desafio de tornar aulas que prendam a atenção em um momento digital. Mas a estrutura pesa tanto quanto.
Tanto o Estado quanto os municípios da região têm amplos desafios pela frente na hora de garantir que a escola faça seu papel formador. É preciso ter professor, ter estrutura e ter conteúdo. É uma trinca que caminha junto e tem, a partir disso, desambiguações, como a valorização salarial aos profissionais, o uso de recursos que encantem o aluno e investimentos constantes. Só assim vamos alcançar um processo de formação de cidadãos que nos alavanquem enquanto sociedade.