IBSaúde promete pagar salários atrasados de médicos de UPA nesta quinta-feira

Rio Grande

IBSaúde promete pagar salários atrasados de médicos de UPA nesta quinta-feira

Em nota, instituição garante que o débito será quitado e aguarda retorno das atividades

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IBSaúde promete pagar salários atrasados de médicos de UPA nesta quinta-feira
Crise envolvendo os pagamentos na UPA Junção iniciou no final de 2024. (Foto: Jô Folha)

O Instituto Brasileiro de Saúde (IBSaúde) promete realizar nesta quinta-feira (20) o pagamento dos salários atrasados de dezembro dos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Junção, em Rio Grande. A promessa ocorre após os profissionais restringirem os atendimentos eletivos e atuarem apenas em casos de urgência e emergência.

De acordo com o Sindicato dos Médicos de Rio Grande (Simerg), mais de 40 profissionais estão sem receber os honorários de dezembro, acumulando uma dívida de aproximadamente R$ 700 mil. Além disso, o prazo de vencimento do salário de janeiro encerra nesta quinta. Em nota, a instituição, gestora da unidade, também indicou que busca efetuar o pagamento referente a janeiro na primeira semana de março.

Crise persistente

A crise envolvendo os pagamentos dos médicos da UPA Junção se arrasta desde o final de 2024. Em dezembro, a categoria já havia sinalizado a possibilidade de paralisação devido ao atraso nos honorários referentes a outubro e novembro. Diante da falta de avanço nas negociações, em janeiro, os profissionais decidiram suspender o atendimento de fichas verdes e azuis, mantendo apenas os casos considerados graves.

O que diz a prefeitura

Na época, a prefeitura de Rio Grande afirmou que os repasses estavam sendo feitos conforme previsto em contrato e que os atrasos seriam responsabilidade da gestora da unidade. A Secretaria de Saúde do município explicou que os pagamentos ao IBSaúde ocorrem pós-prestação de contas, sendo divididos em duas parcelas: 40% até o quinto dia útil do mês subsequente e os 60% restantes até o final do mês seguinte.

Situação semelhante na Santa Casa

A crise nos pagamentos também atinge cerca de 90 médicos da Santa Casa de Rio Grande, que estão sem receber salários desde setembro. A dívida acumulada já ultrapassa os R$ 7 milhões.

Desde 10 de janeiro, os atendimentos eletivos no hospital estão restritos. Os profissionais continuam atuando apenas nas áreas de oncologia, urgência e emergência, enquanto tentam negociar uma solução para a crise financeira da instituição.

Reunião

De acordo com o presidente do Simerg, o médico Sandro Oliveira, uma reunião está marcada para a tarde desta quinta-feira para debater o empréstimo de R$ 14 milhões da Portos RS através do fundo ambiental.

Além da empresa portuária e do sindicato rio-grandino, estarão presentes representantes do Ministério Público, do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) e da Santa Casa de Rio Grande.

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