O Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP) protocolou nesta quinta-feira (13), na Secretaria de Transporte e Trânsito, o aumento da tarifa para R$ 6. O acréscimo de 15% é baseado no aumento de despesas, reoneração da folha de pagamento e reajustes salariais. O pedido será analisado pela prefeitura, que pode ou não conceder subsídios para mitigar o valor ao passageiro.
De acordo com o diretor-executivo do Consórcio, Enoc Guimarães, atualmente o valor médio da tarifa é de R$ 5,20. No entanto, os usuários que utilizam cartão de crédito/débito, assim como pix e cartão cidadão, pagam R$ 5 porque a diferença de R$ 0,20 é custeada por aqueles que pagam R$ 6 em dinheiro. Com o reajuste da passagem para R$ 6, esse formato de cobrança pode ser modificado.
“E estamos aguardando qual vai ser o caminho que o município vai tomar, que tem que ser urgente, porque o contrato prevê que o reajuste se dê no mês de fevereiro”, diz Guimarães. Segundo o diretor-executivo, o aumento de R$ 0,80 é necessário para custear o reajuste salarial dos trabalhadores do transporte coletivo e o crescimento de despesas.
Em acordo coletivo na Justiça do Trabalho ficou estabelecido o acréscimo do Índice de preços ao consumidor (INPC) aos salários e a outros benefícios anualmente, que em fevereiro foi de 4,17%. Além disso, a diária paga ao motorista que também realiza a função de cobrador subirá de R$ 13,50 para R$ 20,32.
Guimarães elenca outros fatores que pesam na operação como o aumento do preço do diesel e a reoneração da folha de pagamento. “Nosso maior custo é a folha de pagamento, ela foi reonerada, 50% é folha de pagamento, e o nosso segundo maior, de 25%, é o diesel, que também teve uma questão tributária [aumento de ICMS]”.
Valor final da passagem
Conforme Guimarães, todos os comprovantes fiscais, planilha de custos e valores de reajustes salariais foram encaminhados a prefeitura de Pelotas para justificar o cálculo utilizado para chegar aos R$ 6 de tarifa. “Nós fizemos a nossa parte que é comprovar o custo de manutenção do sistema e nós precisamos ter essa remuneração para poder prestar o serviço nos termos do contrato”.
O diretor-executivo do consórcio diz que os próximos passos em relação aos valores finais de cobrança ao usuário dependem da política adotada pela prefeitura. “Agora cabe a atual gestão, ela pode nem aumentar, pode pagar essa diferença em forma de subsídio, pode ter a mesma filosofia e acabar tendo um valor diferenciado com o dinheiro, enfim, ela teria que ver”, conclui.
Em nota a prefeitura informa que recebeu o pedido de reajuste e que o mesmo será analisado.