João Vitor Geringer, natural de Sapiranga, a cerca de 60 quilômetros de Porto Alegre, mudou-se para Pelotas em agosto de 2022 para cursar Biotecnologia na UFPel. Antes disso, vivia com sua mãe e seus dois irmãos mais novos. A vinda para a cidade e a possibilidade de estudar em período integral foram viabilizadas pelos auxílios oferecidos pela universidade por meio do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES).
Atualmente na metade da graduação, ele faz iniciação científica no Laboratório de Virologia e Imunologia Veterinária (LabVir), da Faculdade de Medicina Veterinária, enquanto alça voos maiores por meio da ciência.
O que fez você escolher o curso de biotecnologia e vir para Pelotas?
Desde criança eu queria ser cientista. Quando conheci o curso de biotecnologia me encantei. É uma área ampla e em crescimento. A biotecnologia é uma ciência incrível que tem potencial de melhorar a qualidade de vida e despertar a curiosidade das pessoas.
Escolhi Pelotas por causa da UFPel, que é uma universidade pública e de referência em pesquisa, e também porque queria conhecer uma cidade nova e pessoas novas.
Quais as atividades que você faz na universidade?
Trabalhamos com microrganismos ou parte deles (bactérias, vírus, fungos, etc.) com o objetivo de desenvolver produtos e processos, como vacinas, antibióticos e plantas transgênicas. Dentro da iniciação científica, eu acompanho a rotina de pesquisa dos discentes da pós-graduação, onde tenho a oportunidade de fazer na prática o que vejo nas aulas. Paralelamente, desenvolvo revisões bibliográficas sobre ferramentas de inteligência artificial que podem ser utilizadas para contribuir no combate a infecções virais. Para aprendizado prático, faço cultivo celular de células MDBK (do boi). Através do cultivo celular, diminuímos o número de animais para experimentação.
Como foi a tua adaptação em Pelotas? Gostou da cidade?
Notei uma grande diversidade cultural na cidade. A maior dificuldade da adaptação foi o sentimento de saudade da minha família, por estar longe deles, mas me lembrava que era por um propósito maior e que minha mãe estava orgulhosa. Com o tempo me acostumei. Também notei a diferença nos serviços públicos de saúde, pois aqui é mais demorado para fazer atendimentos e exames, e achei o centro pouco arborizado. Gostei da cidade e das pessoas daqui, pois foram bem receptivos comigo e quando tenho oportunidade gosto muito de passear pelo centro para experimentar novos doces e ir nos museus e na linda Bibliotheca Pública Pelotense.
O que representa a ciência na sua trajetória?
Vejo como uma porta de oportunidades que vai me possibilitar uma vida melhor e alcançar sonhos maiores. E eu sempre glorifico o nome de Deus em meio a ciência
Após concluir a graduação, qual rumo você pretende seguir?
Depois de terminar a faculdade pretendo entrar no mestrado, por isso desde o início da graduação já me envolvi em atividades de pesquisa e extensão. Simultaneamente, durante o mestrado, quero buscar oportunidades de atuar em empresas da área e ir fazendo concursos públicos.