Junior do Vale nasceu em Rio Grande e mora em Pelotas. Apaixonado por pesquisa de futebol, lançou em novembro de 2024, após três anos de pesquisa, o livro Seleção Brasileira: a história através dos resultados. O objetivo é corrigir falhas que se perpetuaram ao falar da trajetória do selecionado pentacampeão mundial. Junior é proprietário da loja Escudo Geek (@escudogeek no Instagram).
O que te levou a começar a fazer pesquisas na área do futebol?
Em 1989, quando eu tinha 13 anos, encontrei no sebo que eu frequentava, em Rio Grande, para comprar meus gibis, uma edição especial da revista Placar. Aquela revista me encantou de tal forma que na semana seguinte eu já estava na biblioteca da cidade pesquisando.
Como foi o trabalho de resgate da história da Seleção?
Na verdade ele “está sendo” e é infinito. Prazeroso no sentido de descobrir, corrigir, acrescentar. Muita gente muito boa no meio vem elogiando meu trabalho, que esse mês completou três anos, e isso é uma honra.
Quais são as principais dificuldades para um pesquisador nessa área?
A maior de todas, sem sombra alguma de dúvidas, é o descaso da CBF, pois alguns dados são impossíveis de serem encontrados fora dos seus arquivos. O outro é que resolvi fazer não só a seleção “principal”, mas também as restritivas, todas as idades da base mais treinos e jogos-treino, além da seleção de masters que não é oficial CBF, e as informações sobre todas as seleções “menores” são bem mais difíceis de se conseguir.
E o livro, o que significou para ti e aonde tu esperas que ele chegue?
Eu venho ao longo desses três anos informando a CBF todas as divergências encontradas, todos os erros publicados no site da instituição e também já enviei meu primeiro livro para eles, sempre sem retorno, mas este é hoje meu maior objetivo como pesquisador, conseguir entrar naquela “fortaleza”. Sempre pesquisei por hobby. Clubes de Rio Grande, Pelotas, Bagé e a dupla Gre-Nal, mas pesquisar as seleções é muito diferente. Somos os únicos pentacampeões do planeta, o rei do futebol é nosso, precisamos contar nossa história sem erros, folclores e floreios. São quase 111 anos e o livro oficial da entidade é injusto com muitos, carente de dados, menor do que a nossa fabulosa história.
