A reportagem especial das páginas 4 e 5 mostra que nossa região é muito atraente a investimentos. Embora nossa autoestima seja, em muitos momentos, prejudicial, é preciso deixar o complexo de inferioridade de lado e focar nos nossos potenciais. Antes de tudo, o desenvolvimento regional passa por uma mentalidade orientada ao crescimento e à evolução dos nossos sistemas: de negócios, de gestão pública e de atração e gestão de investimentos. É através do empreendedorismo e de empresas que vamos dar o salto de geração de empregos e, por consequência, de arrecadação que geram investimentos em melhorias das cidades. Ou seja, é um ciclo.
São diversos os fatores que acenam para esse cenário, conforme o que foi listado na reportagem. E há, ainda, um crescente movimento para atrair investimentos de fora. Nosso grande chamariz é, sem dúvidas, o Porto de Rio Grande. A capa de ontem traz uma excelente notícia: estamos no radar da BYD, uma das maiores montadoras de carros elétricos do mundo. É fundamental colocar-se ao lado destes parceiros e trazer muitos mais. A atração de uma grande empresa mexe com todo um ecossistema de geração de negócios.
Ao mesmo tempo, precisamos atacar questões sensíveis para o nosso futuro: os novos pedágios, definitivamente, não podem sair do papel. Pelo contrário: há que se batalhar para reduzir o custo de tráfego atual na região. Isso só espanta investidores. Encarece o custo de vida. Fora isso, a pressão pelas pautas de sempre: duplicação da BR-116, ligação a seco entre Rio Grande e São José do Norte, finalização do lote 4 da BR-392 e tantas outras pautas.
A região pode – e está no caminho para conseguir – desenvolver-se ainda mais. O ciclo positivo precisa ser reforçado, principalmente através da quebra de vícios antigos e do fortalecimento enquanto comunidade e macrorregião.