Se a música já pulsa nos corações dos pelotenses que prestigiam o evento nas suas mais diversas apresentações, imagina para os que estão dentro do festival. Esse é o caso de Charlise Bandeira, flautista de 37 anos natural de Pelotas. Desde 2019 ela participa e afirma que a riqueza do evento vai além das apresentações para o público, a troca com colegas e professores e o intercâmbio cultural tornam a experiência única. “É mágico ser aluna do Festival”.
Charlise vem de uma família de músicos e hoje ela está no final do curso de Música na UFPel. A musicista acredita que a participação no Festival é muito importante para dar a motivação necessária no início do ano. Além disso, todo o aprendizado adquirido durante esses doze dias enriquece a carreira de quem participa. “Um dos professores trouxe flautas do período Barroco. Flautas de 100, 150 anos pra gente poder conhecer o design”, relata.
Para ela, todos saem ganhando do Festival, alunos pelo aprendizado e população pela oportunidade de prestigiar músicos do mundo inteiro no quintal de casa. Os próximos passos dela, que também é compositora, são voltados para a música nativista. Além disso, Charlise representará a região Sul do Estado no 58º Concurso Regional de Músicas para o Carnaval Apparício Silva Rillo, em São Borja.
Quem ensina também aprende
Bacharel em Flauta Transversal pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Lucian Krolow é flautista, compositor e arranjador com vasta experiência na música brasileira. Além de se apresentar nos principais palcos do Brasil e dos Estados Unidos, ele é professor e participa do Festival Internacional Sesc de Música desde 2016.
Segundo Lucian, a oportunidade de participar do Festival surgiu através do Sexteto Gaúcho, grupo de choro no qual atua e que recebeu o convite para integrar o evento. Desde então, ele ministra aulas de prática de choro para instrumentos de sopro e realiza apresentações com o grupo.
“É sempre muito gratificante trabalhar com alunos de diferentes culturas e poder apresentar essa linguagem da música brasileira que é tão importante, como o choro”, afirma. Ele destaca que o Festival proporciona desafios e aprendizados contínuos, tanto para alunos quanto para professores. Por isso, a cada ano busca trazer conteúdos mais ricos e elaborados para os que participam de suas aulas.
Lucian atribui grande parte de sua formação musical à estrutura do Conservatório de Música e da UFPel, além da orientação do professor Raul d’Avila. Ele acredita que eventos como o Festival são fundamentais para a formação de músicos e professores, além de fortalecer o reconhecimento de Pelotas no meio musical. Para ele, a participação dos pelotenses gera integração e sinergia importantes para o sucesso do evento.