Com a função de aproximar as tradições brasileiras e portuguesas, o Centro Português 1º de Dezembro chega aos 99 anos de história com uma trajetória marcada pela preservação da cultura lusitana e a incorporação de imigrantes e descendentes portugueses no Brasil.
Desde sua fundação, o clube promove eventos cívicos, religiosos e sociais que aproximam as duas comunidades e o consolida como guardião das tradições.
O crescimento do Centro Português aconteceu rapidamente. No primeiro ano, já conquistou estatuto próprio e elegeu sua primeira diretoria.
Daí em diante, marcos históricos compõem um percurso de desenvolvimento e estreitamento de laços entre os dois países.
Para o presidente do conselho de administração do clube, Eduardo Carreira, a robustez da organização e o comprometimento dos associados transformaram o clube em um espaço de identidade e integração cultural.
A data será celebrada neste sábado (25), com jantar comemorativo na sede da entidade. O grande evento ocorre às 20h30min, com jantar na sede campestre.
No domingo (26), há uma missa em ação de graças na capela de Nossa Senhora de Fátima. Na sexta, a entidade foi homenageada com audiência na Câmara de Vereadores.
Passado, presente e futuro
Às vésperas do centenário, Carreira aponta que o clube celebra não apenas a sua história, mas o papel como ponte entre o passado e o futuro.
Essa narrativa convida a sociedade pelotense a construir um futuro junto da associação, com honra a um século de memórias e incentivo às próximas gerações para manterem o legado.
“O Centro Português 1º de Dezembro é mais que um clube, é um símbolo vivo de união, cultura e tradição”, ele define.
História
A entidade foi fundada em 24 de janeiro de 1926, resultado da fusão de duas casas portuguesas existentes em Pelotas: o Congresso Português, formado por portugueses monárquicos do comércio e indústria pelotense; e o Grêmio Republicano, fundado pelo estudante de Direito Álvaro da Silva.
Após superar diferenças políticas, decidiu-se pelo nome Centro Português e pela indicação de 1º de Dezembro como data comemorativa, em homenagem à retomada da soberania de Portugal em 1640.
O que dizem os sócios?
A pelotense Raquel Barros, de 44 anos, é sócia do clube há cerca de cinco anos. Ela conta que se associou principalmente pelo espaço, que oferece opções como piscina e área de lazer.
Por ter uma filha de sete anos, o local é ideal para brincar, jogar bola e se divertir.
Ainda mais porque a família de Raquel vive em apartamento, portanto o espaço em casa é mais limitado.
“É um espaço de convívio importante, e, mesmo tendo uma história relativamente curta, ouvimos sempre coisas boas a respeito do clube”, afirma Raquel, com entusiasmo.