Grupo de Música Experimental encanta o público pelotense
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Quinta-Feira23 de Janeiro de 2025

Festival Internacional

Grupo de Música Experimental encanta o público pelotense

Músicos de São Paulo fizeram apresentação especial no Calçadão

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Atualizado quarta-feira,
22 de Janeiro de 2025 às 19:58

Grupo de Música Experimental encanta o público pelotense
Grupo cria instrumentos musicais com material oriundo da poluição urbana física. (Foto: Jô Folha)

O Festival Internacional Sesc de Música chega ao terceiro dia espalhando arte pela cidade. Nesta quarta-feira (22) foi a vez do Grupo Experimental de Música (GEM) abrilhantar a tarde no calçadão em frente ao tradicional Café Aquários.

O grupo da cidade paulista de Santo André tem a proposta de criar instrumentos musicais com material oriundo da poluição urbana física. “Então, a gente pega tudo de PVC, metal, latas, papel. O que a gente vai encontrando, vai transformando em instrumentos musicais de cordas, sopros e percussão”, relata o componente do grupo, Fernando Sardo.

Ele também coloca que a poluição sonora faz parte da composição. “O barulho do mundo moderno, do caminhão, da máquina de lavar e uma chaminé (…) Então, são esses sons que a gente constrói música a partir daí. A gente pega a poluição física para fazer instrumento musical e a poluição sonora para, a partir daí, criar nossa música”, diz.

Já são 21 anos de projeto e muitos olhares transformados. “Com isso nós acabamos atingindo um despertar ecológico-ambiental do que é visto como lixo urbano. Materiais que estão no nosso cotidiano, na nossa vida cotidiana acabam sendo transformados, reciclados, reutilizados na construção de instrumento e nos timbres dos instrumentos”, afirma Luciano Sallun, componente do grupo.

Além das apresentações, o grupo realiza oficinas que tem como objetivo ensinar a construir os instrumentos. “Isso que a gente desenvolveu em nós, de criar os instrumentos, descobrir novas sonoridades e fazer música, levamos para oficinas culturais para que outras pessoas também possam fazer os seus instrumentos e consequentemente sua própria música”, relata Fernando.

Participação no Festival

A recepção dos gaúchos encanta os músicos. Sardo coloca que a experiência no festival está sendo muito marcante principalmente pela recepção do público. Na noite da última terça-feira o Grupo se apresentou no Theatro Guarany, que estava lotado. “Foi uma casa cheia e um público muito receptivo. A gente percebe no palco. Todo artista percebe o calor, o carinho da plateia, a atenção. E depois, é legal, a gente sai pela cidade e encontra as pessoas que falam: ‘Vi vocês ontem, parabéns’”.

Percepção do público

A presença da música na rua democratiza o acesso ao público. Marina Silveira foi ao calçadão com as amigas para prestigiar a apresentação. “Achei lindo, valeu a pena!”, conta. O rio-grandino Thiago La Rosa conta que foi ao Theatro vê-los e quis repetir a dose no calçadão. “Música na rua é bom e música com instrumentos reciclados assim é mais legal ainda”, diz. Ana Maçaneiro levou a filha para assistir ao espetáculo e conta como foi a experiência. “Trazer a pequena aqui é muito bom. Ter música na rua, ela vivenciar isso, vivenciar a musicalidade (…) Evento internacional, que vem gente de tudo que é lugar também. E é bom que é livre, principalmente”.

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