Comerciantes localizados próximos ao condomínio Alphaville, na Avenida Adolfo Fetter, no Laranjal, sofrem com a oscilação e a falta de luz nos últimos quatro meses. Entre a quinta-feira (16) e o final da tarde de sábado (18), os estabelecimentos do local ficaram sem energia elétrica. Neste domingo (19), mesmo com o retorno da luz, empresários relatam que a voltagem estava abaixo de 220 volts, impossibilitando o funcionamento de diversos equipamentos.
Conforme o proprietário do restaurante A Ferro e Fogo, Marcelo Costa Ávila, os problemas com o abastecimento de energia elétrica começaram há cerca de quatro meses, com o aumento do número de estabelecimentos comerciais ao longo da Avenida Adolfo Fetter. “Quando a equipe de manutenção vem verificar o problema, ela nos orienta a pedir a troca de transformador de 30 kilowatts para 75 kilowatts”, explica.
No restaurante, somente nos últimos três dias sem luz, os custos com o aluguel do gerador passaram dos R$ 2 mil. “Já ligamos para a CEEE Equatorial pedindo a troca e acréscimo de kilowatts no transformador. Eles até mandaram a equipe, trocaram o transformador, mas ele permanece com a mesma voltagem”, relata.
Também com perdas que passam dos R$ 3 mil na última semana, o proprietário do açougue Rei das Carnes, Aldrovando Campelo, ainda não contabilizou todos os prejuízos. “Tenho muitos equipamentos, duas câmaras frias, dois balcões refrigerados grandes, muitas geladeiras, dois aparelhos de ar-condicionado. Faz muito tempo que vem estourando o transformador e nos deixando sem energia”, informa.
Voltagem menor
Outro problema relatado por Campelo é o da entrada de voltagem menor, o que vem inviabilizando o uso de diversos equipamentos. “Ontem não faltou luz, mas a voltagem correta não estava chegando no relógio. O normal é 210v e estava chegando 180v, por isso não pude utilizar os meus balcões e meu ar-condicionado parou”, diz.
No açougue, o custo da conta de luz beira mensalmente os R$ 6 mil, informa Campelo. “A própria equipe já informou que enquanto não aumentar a voltagem do transformador nada vai adiantar. Mas a conta vem todo o mês”, reclama. De acordo com o empresário, entre quinta-feira e sábado, ele ligou mais de 50 vezes para o atendimento da CEEE Equatorial.
Já o proprietário da fruteira e minimercado Wally, Matheus Wally, relata que além da falta de luz frequente, a manutenção é apenas paliativa. “Por conta da falta de luz, ficamos com o atendimento ao cliente limitado, assim como também acabamos por ter que dispensar várias as entregas”, conta.
Na fruteira, os gastos com gerador também beiram os R$ 3 mil. “Isso porque utilizei o gerador só por dois dias. Se tivesse utilizado três dias, período que ficamos sem luz, seria mais”. O comércio também registrou perda de produtos e perda de vendas. “Desses últimos três dias ainda não cheguei a calcular o prejuízo”, informa. Durante os quase três dias sem energia elétrica, Wally ligou mais de 10 vezes para a Equatorial, sem retorno efetivo.
Manutenção
Procurada pela reportagem, a assessoria da CEEE Equatorial informou apenas que uma equipe de manutenção estava se deslocando para a região para verificar o ocorrido.