A futura Central de Polícia Civil de Rio Grande deve ser inaugurada até abril deste ano. A previsão é da titular da 7ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (7ª DPRI), delegada Ligia Furlanetto.
O novo espaço ficará no prédio do antigo Fórum de Rio Grande, na rua Silva Paes esquina com Benjamin Constant, no Centro.
O local está desativado desde novembro de 2021, quando o atual Foro da Comarca, localizado na zona Oeste, foi inaugurado.
O término da obra depende somente da implementação da rede lógica no local, que está em fase final de conclusão.
O serviço, realizado pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs), foi iniciado no segundo semestre de 2024 e tem custo estimado de R$ 1,3 milhão.
Antes disso, o prédio passou por uma reforma estrutural, com a revitalização externa e a criação de novos espaços internos, como celas e salas administrativas.
Nesta fase, foram utilizados cerca de R$ 790 mil custeados por uma emenda parlamentar do deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT) e de valores arrecadados em multas pelo Ministério Público do Trabalho.
Delegacias
O prédio tem como objetivo centralizar os serviços da Polícia Civil rio-grandina.
Para isso, seis delegacias atuarão no local: Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), Delegacia de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPPGV), 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), Delegacia de Repressão aos Crimes Organizados (Draco) e Delegacia Regional.
As unidades do Balneário Cassino e do Parque Marinha permanecerão com suas sedes atuais.
Conforme a Polícia Civil, a centralização dos serviços permitirá a aproximação de diversos setores e órgãos resultando na melhoria não só do atendimento ao público, mas também das investigações.
Funcionamento
O projeto arquitetônico, desenvolvido de forma voluntária pelo arquiteto Rafael Grantham, prevê três entradas específicas para cada grupo de pessoas.
A primeira, localizada na rua Benjamin Constant, terá o acesso ao público em geral com a DPPA.
Na rua Silva Paes ocorrerá o acesso aos policiais enquanto a rua Napoleão Laureano servirá de entrada para os presos.
Balanço da criminalidade
Em 2024, Rio Grande registrou 40 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), apresentando redução de 15%, quando comparado a 2023 (47).
O número segue como o maior da região, porém representa a segunda redução consecutiva desde 2022, quando protagonizou a 24ª posição do ranking das cidades mais violentas do Brasil, divulgado no anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com 102 mortes.