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No ano passado, o Juventude quase desbancou a dupla Gre-Nal no Gauchão. O time, na época treinado por Roger Machado, eliminou o Inter na semifinal e na final vencia o Grêmio no jogo de volta, mas sofreu a virada.
Ainda em 2024, o Alviverde chegou nas quartas de final da Copa do Brasil e garantiu a permanência para o segundo ano seguido na Série A. Por um ponto não conquistou uma vaga na Copa Sul-Americana.
Agora a expectativa é repetir o sucesso em 2025. O técnico Fábio Matias renovou o contrato e iniciará com a mesma base de time que encerrou a última temporada. Aos 43 anos, o meia Nenê chegou a falar em aposentadoria, porém renovou o contrato para mais um ano.
No Gauchão, o Jaconero está no grupo C ao lado de Brasil, Monsoon e São Luiz. Portanto enfrentará apenas o Pelotas na primeira fase. O duelo será na oitava e última rodada, na Boca do Lobo.
A direção do Juventude ainda está no mercado em busca de reforços. Goleiro, zagueiro, volante e mais um atacante de beirada são as prioridades. A perda mais sentida foi do atacante Lucas Barbosa, que foi para o RB Bragantino. O goleiro Gabriel acertou com o Vitória.
Durante a pré-temporada, o Juventude fará um amistoso contra o Boca Juniors, dia 15, na Argentina.
Confira entrevista com Luis Carlos Bianchi, diretor de futebol de Juventude
O Juventude conseguiu se manter na Série A, o quanto essa sequência na elite impactará no poder de investimento pra 2025?
A permanência na Série A vai nos trazer algum incremento de receita, de orçamento, mas nada muito significativo, até porque a gente ainda não tem a definição final de como ficarão os valores das negociações das vendas de transmissão em função das ligas que foram criadas, que esse é o primeiro ano que a gente vai ter esses novos contratos. Até 2024 a gente ainda tinha o contrato da Globo vigente e a partir de agora entram em vigor os novos contratos que estão sendo negociados pelo pessoal das ligas. Então a gente tem uma previsão de um incremento de receita, mas nada muito significativo.
Por outro lado o clube chegou perto de uma vaga na Sul-Americana. Ficar de fora o quanto vem impactando negativamente?
A questão da Sul-Americana, é claro que a gente criou uma expectativa, a vaga na Sul-Americana esteve muito próxima, só dependia da gente ter feito um ponto no último jogo em casa, mas foi uma frustração que durou muito pouco. A alegria e a satisfação pelos objetivos maiores que a gente alcançou durante o ano, especialmente no Campeonato Brasileiro que era a permanência na primeira divisão e isso a gente conquistou com uma rodada de antecedência, esse objetivo se sobrepõe a uma eventual perda de vaga na Sul-Americana e vamos para 2025 em busca dessa vaga, talvez mais estruturados, mais fortes e vamos novamente agora em 2025 buscar essa vaga.
Por estar na Série A o Juventude é a única equipe do interior que inicia a pré-temporada muito depois das outras. Acha que o Juventude inicia muito atrás ou é tempo suficiente para alcançar as equipes até o começo do Gauchão?
É um ônus que a gente tem que conviver pelo bônus de estar na Série A e ter competições até o início de dezembro. A gente sabe que quase todas as outras equipes, com exceção da dupla Gre-Nal, já estão trabalhando há mais de um mês. O que nos dá uma certa tranquilidade é que, ao contrário de outras temporadas, a gente conseguiu manter uma grande parte do grupo que fez parte da temporada 2024, que conquistou o vice estadual, chegar até as quartas de final da Copa do Brasil e ter conseguido a manutenção na Série A. A maior parte desse grupo vai permanecer, o que já facilita um pouco o trabalho do técnico na questão de entrosamento, de mecânica de jogo.
Qual o tamanho da importância para o Juventude em disputar um amistoso contra o Boca Juniors?
Primeiro é a questão institucional, de visibilidade da marca Juventude, que ela já é muito significativa no mercado nacional e começa a se reforçar a nível fora do Brasil também. A gente tem tido ofertas de jogadores de fora agora nesse momento de remontagem da equipe, de contratações e a gente percebe o quanto esses últimos anos de boas temporadas que a gente tem feito refletem na visibilidade do clube. Um amistoso contra o Boca Juniors, uma das maiores equipes da América do Sul e entre as maiores do mundo inclusive, você poder fazer um amistoso com o Boca, na Argentina com transmissão ao vivo de TV para toda a América do Sul, inclusive aqui no Brasil, é muito importante pela visibilidade e também para o Fábio Matias, o treinador, poder avaliar a equipe em si, um teste tecnicamente dentro do campo muito importante, muito valioso.
