Anunciado esta semana como secretário de Turismo, Danilo Rodrigues aponta como principal estratégia da pasta a aproximação com o setor privado e a integração regional para fomentar o turismo na zona Sul. Ele planeja começar o trabalho da nova pasta com um diagnóstico, feito ao lado da atual secretária de Desenvolvimento, Turismo e Inovação, Paula Cardoso. A nova estrutura foi desmembrada da secretaria já existente. Para assumir o cargo, Danilo deixará o Banrisul, onde é gerente de negócios de governo na região.
Danilo foi candidato a vice-prefeito na chapa de Irajá Rodrigues (MDB) na disputa pela prefeitura de Pelotas em 2024. Para ele, assumir a secretaria de Turismo é natural, já que o tema foi um dos carros-chefe de sua campanha eleitoral. “Hoje vejo como uma responsabilidade com o município em função das propostas que a gente apresentou”, afirma.
A pasta de Turismo é uma das seis novas secretarias anunciadas pela equipe de transição do governo Marroni a partir da extinção de outras seis assessorias especiais que atualmente têm status de secretaria. Danilo defende a criação de estruturas para pautas específicas.
“Além de trazer o compromisso para as pessoas que estão assumindo as pastas, também traz um compromisso com a sociedade, além de favorecer a obtenção de recursos a nível federal. Se consegue mostrar projetos mais específicos aos ministérios, com objetivos a serem alcançados”, diz.
Turismo como caminho para o desenvolvimento
Para o futuro secretário, a atenção ao turismo é fundamental para fomentar a economia criativa, trazendo retornos mais rápidos para o município que outros processos, como a industrialização. “Vemos o turismo como uma mola propulsora para o desenvolvimento econômico de Pelotas. Temos muitos atrativos, belezas naturais, estruturas prontas e outras que a gente pode pensar”, diz.
“Se tem deficiência na saúde e em várias áreas que a população entende como mais emergentes, e são de fato, mas não podemos deixar de pensar no desenvolvimento econômico como um todo, que vai melhorar o resto. Uma população numa condição financeira melhor, com a rede hoteleira e gastronômica gerando emprego e renda, além da autoestima, que também influencia nas condições de saúde”, exemplifica.
Integração com o setor privado
Para ele, o trabalho com o turismo envolve principalmente organizar os atrativos já existentes e fazer o elo entre o poder público e a iniciativa privada. “Começa com a criação de calendários, ajuste de rotas turísticas e extrapolar as fronteiras de Pelotas, pensar pela região”, afirma.
A principal linha de atuação, segundo ele, será coordenar as iniciativas que já existem na região e fomentar a iniciativa privada para que não haja uma dependência de investimento do poder público. “Há toda uma cadeia que, bem organizada, pode contribuir não só com a cidade, mas com os municípios do entorno, e todos ganham com isso, a população mais ainda”, avalia Rodrigues.
“Eu acredito que temos muito potencial de exploração com os recursos que a gente já tem, e também como fomentar toda a cadeia para termos eventos de variadas formas”, afirma, citando como exemplo o Laranjal, as charqueadas, o centro histórico e a zona rural de Pelotas.
Integração regional
A ideia de uma integração regional para o turismo está no radar do prefeito eleito Fernando Marroni (PT), que esteve na Embratur, em Brasília, acompanhado dos eleitos de Bagé, Luiz Fernando Mainardi (PT), e Rio Grande, Darlene Pereira (PT). A ideia é promover a região sul do estado para o turismo internacional, de olho nos países do Mercosul.
“Para se deslocar de um país para o outro dentro do Mercosul, dependendo da origem, vai passar por Pelotas. Muita gente passa por aqui, e podemos fazer com que essas pessoas fiquem aqui um dia inteiro, dois dias”, diz, propondo que sejam criados meios para atrair os visitantes e incentivá-los a ficar mais tempo na região.