A mudança da leitura dos pelotenses acerca da segurança na cidade ao longo dos últimos sete anos mostra não apenas o sucesso do Pacto Pelotas Pela Paz, mas a vitória de um ponto fundamental para qualquer cidadão: sentir-se bem na cidade onde vive. Ter sensação de que vive em uma cidade mais segura é um dos passos necessários para a tão importante mudança da autoestima do pelotense.
Óbvio que os problemas de Pelotas não foram resolvidos e a segurança pública é ainda um tema a ser muito trabalhado, em especial o preocupante índice elevado de feminicídios. Além disso, o número de homicídios já foi mais baixo e deve ser encarado de frente antes que volte a aumentar. Mas o fato é que, diante do caos coletivo que vivemos em 2017, quando a cidade empilhava corpos por conta de uma briga de facções e superava as cem mortes violentas, o avanço trazido por uma política direcionada é gritante.
Agora é a hora de trabalhar para manter o avanço dos dados e atuar em outras frentes. São frequentes os comentários, sem embasamento, de que Pelotas não gera empregos, por exemplo, mesmo com os dados do Caged em uma constante elevação. Outra leitura que muitos cidadãos fazem é de que não vale a pena empreender aqui, que é uma cidade muito burocrática. O novo governo precisa atacar essa situação urgentemente. É preciso fortalecer esse ecossistema que gera emprego e renda para a comunidade.
Com diversas situações em que ainda é preciso evoluir, temos um panorama de política pública de longo prazo que deu certo e que, felizmente, o próximo governo garantiu que irá manter. É o caminho para ser seguido nos temas citados acima e também em frentes como turismo, inovação, educação e infraestrutura. É preciso pensar cada vez mais em projetos de cidades que vão muito além de governos. O Pacto Pela Paz integrou vários atores da sociedade e por isso deu certo. Ele é o pontapé inicial de um caminho a ser seguido e um norteador para tomadas de decisão.