O anúncio de Fernando Marroni (PT) da criação de uma secretaria de Turismo não é nenhum absurdo. Embora a criação de mais uma pasta seja encarada com antipatia, numa cidade como Pelotas, com tanto potencial turístico, não faz sentido relegar o tema a um apêndice da secretaria do desenvolvimento econômico.
Enquanto o desenvolvimento econômico exige uma atenção diária para problemas e projetos de curto prazo, o planejamento do turismo depende de um planejamento coordenado de longo prazo, integrado com os empreendedores do setor e com o resto dos produtos turísticos da região.
Mesmo que a prefeitura colabore com iniciativas turísticas, grande parte das atividades são coordenadas pelo setor privado, incluindo a Fenadoce, organizada pela CDL, o Festival de Música e a Maratona, organizados pelo Sesc, sem falar nos próprios empreendedores do turismo rural, que são mais próximos do Sebrae e atuam praticamente independentes. Isso precisa mudar e o poder público tem que assumir protagonismo para que todos os potenciais sejam alcançados.
O número de secretarias – embora possa ser um indicativo – não é o que torna um governo mais ou menos eficiente, mais ou menos gastador. Antes de qualquer juízo, é preciso esperar para ver como serão operacionalizadas as novas secretarias e como irão trabalhar os futuros secretários.