Zona Sul tem queda nas mortes violentas

Comparativo

Zona Sul tem queda nas mortes violentas

Rio Grande puxa a fila das reduções, com recuo de 23% nos Crimes Violentos Letais Intencionais

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Zona Sul tem queda nas mortes violentas
Pelotas praticamente mantém os mesmos números do ano passado. (Foto: Cíntia Piegas)

Faltam 26 dias para o fim do ano e, no comparativo entre 2023 e os 11 primeiros meses desse ano, a maioria dos municípios da Zona Sul reduziu ou não registrou os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). As exceções são Canguçu e São José do Norte, que tiveram um crime a mais.

Destaque para a redução de 23% em Rio Grande e a estabilidade em Pelotas, que apresenta a segunda menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes – 9,8 – em cidades com população de mais de 200 mil pessoas.

“Sobre o CVLIs em Pelotas, nós temos praticamente os mesmos números do ano passado, e claro, ainda temos que aguardar até o final do ano, pois é muito dinâmico. Não temos como ‘cravar’ uma previsão. Mas nós estamos nos mantendo desde o início do ano”, comenta o titular da 18ª Delegacia Regional de Polícia Civil, Márcio Steffens.

Ele destaca um indicador que coloca a cidade com a segunda no Estado com a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes, ou seja, 9.8, sendo que o considerado aceitável é de 10, perdendo apenas para Gravataí. “A nossa expectativa é de que siga assim, nessa mesma projeção e condição até o final do ano”.

Na região de atuação da delegacia, o destaque apontado por Steffens é para Pedro Osório, que não teve nenhum homicídio esse ano, assim como Arroio Grande, Morro Redondo e São Lourenço do Sul, até o momento. “Piratini só teve um homicídio consumado até hoje, reduzindo o indicador”, comenta.

Em Pelotas, até o momento são 33 CVLIs, que inclui 28 homicídios, um latrocínio, dois feminicídios e lesão corporal seguido de morte por oposição policial, contra os 35 do ano passado.

Na 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil, dos municípios de abrangência, apenas São José do Norte teve aumento no indicador com um homicídio a mais do que no ano passado. Destaque para Jaguarão que zerou até o momento e Santa Vitória do Palmar, com 73% de redução nos CVLIs. “A nossa perspectiva, considerando a média mensal, é de encerrarmos o ano com redução nesses tipos de crimes em todos os Municípios que compõem a 7ª Regional.”

Inteligência

Município que abriga a matriz de uma facção, Capão do Leão, está há mais de dois anos sem registrar homicídios. Para o titular da Delegacia de Polícia, delegado Sandro Bandeira, a organização criminosa (Ocrim) migrou de atividade. “Viram que a violência atraía muito a repressão da polícia, e a repressão era efetiva. Nós pedíamos prisões, combatemos bem esse tipo de delito contra a vida, que passou a ser prioridade do Estado e da Polícia Civil”, observa. Atuando no ramo de atividades ilícitas como fraudes eletrônicas, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, a tendência, segundo Bandeira, é de evolução das Ocrims, como acontece no Brasil, de crimes que não tenha violência, mas também que não deixe vestígio, principalmente os crimes virtuais.

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