Grêmio Dramático Arthur Azevedo ressurge no meio teatral operário
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira4 de Dezembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Grêmio Dramático Arthur Azevedo ressurge no meio teatral operário

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Há 100 anos

Foi fundado o Grêmio Dramático Arthur Azevedo, a nova companhia de teatro de Pelotas tinha como presidente Alberto Luiz da Costa, e secretário, João Soares. O primeiro espetáculo foi realizado no palco da Liga Operária. A peça em três atos, Empresta-me tua mulher era uma comédia e foi recebida com aplausos. 

O primeiro GD Arthur Azevedo foi fundado em 1917 e, após um período desaparecido, foi refundado. A professora e pesquisadora Beatriz Ana Loner, trata do tema na sua tese de doutorado em Sociologia, Classe Operária, mobilização e organização em Pelotas (1888-1937) Vol I. 

A pesquisadora destaca a presença comunista e anarquista nos clubes de teatro operário. “Os anos dez constituíram um período muito criativo para as sociedades teatrais em Pelotas, especialmente aquelas ligadas à corrente anarquista”. Os anarquistas estiveram presentes também no Grupo Dramático Lealdade, em 1915 e 1916, no Arthur Azevedo e no Grupo Teatral Cultural Social, da Liga Operária.

Já em 1924, quando o Arthur Azevedo ressurgiu, ainda com militantes anarquistas, o número de grupos teatrais da cidade estavam decrescendo. 

Matiné beneficente

Também em novembro, a Liga Operária foi palco uma matiné com renda revertida para o operário Luiz Dias Clifford, que estava doente. O evento foi realizado pelo Grêmio Dramático Gil Vicente, que além das comédias O amor, Por causa de uma camélia e A chegada do coroné Fidencio, realizou o concurso Qual o rapaz mais almofadinha de Pelotas?. 

Experiências sociais

O anarquismo no Brasil reúne uma série de experiências sociais relevantes na história do país, especialmente no período da Primeira República. O movimento surge a partir da imigração europeia ao Brasil, entre 1870 e 1914, quando os ideais passaram a ser difundidos entre os operários brasileiros. Porém, deixou de ser hegemônico entre o operariado do país a partir da década de 1920, principalmente, por causa da repressão promovida pelo governo de Artur Bernardes.

Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Classe Operária, mobilização e organização em Pelotas (1888-1937) Vol I

Há 50 anos

Tela de Pelotas conquista segundo lugar em concurso nacional

O 1º Salão do Cavalo, concurso nacional de pinturas realizado pela Secretaria de Agricultura de Recife, capital pernambucana, a obra, óleo sobre tela, do pelotense Pedro Reis Louzada conquistou o segundo lugar. Louzada foi apresentado pelo prefeito Ary Alcântara

Das 259 telas concorrentes, 150 eram de Pernambuco, 29 de São Paulo, dez de Alagoas e da Bahia, 12 da Guanabara, 20 do Rio Grande do Norte e 15 da Paraíba. Representando o Rio Grande do Sul e Pelotas estavam três de Louzada. A pintura premiada foi doada à prefeitura.

Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 25 anos

Mariana Almeida Lucas é sucesso em duas Feiras do Livro

A rio-grandina Mariana Almeida Lucas, de 11 anos, lançou o livro Luz do dia, publicado pela Editora e Gráfica UFPel, na 27ª Feira do Livro de Pelotas. A obra, campeã de vendas na Feira do Livro do Cassino, tinha textos e ilustrações da autora. Mariana ainda mora em Rio Grande, é funcionária pública, artista plástica, e integra diferentes projetos culturais. 

Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

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