Grêmio Dramático Arthur Azevedo ressurge no meio teatral operário
Edição 18 de fevereiro de 2025 Edição impressa

Domingo6 de Abril de 2025

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Grêmio Dramático Arthur Azevedo ressurge no meio teatral operário

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Há 100 anos

Foi fundado o Grêmio Dramático Arthur Azevedo, a nova companhia de teatro de Pelotas tinha como presidente Alberto Luiz da Costa, e secretário, João Soares. O primeiro espetáculo foi realizado no palco da Liga Operária. A peça em três atos, Empresta-me tua mulher era uma comédia e foi recebida com aplausos. 

O primeiro GD Arthur Azevedo foi fundado em 1917 e, após um período desaparecido, foi refundado. A professora e pesquisadora Beatriz Ana Loner, trata do tema na sua tese de doutorado em Sociologia, Classe Operária, mobilização e organização em Pelotas (1888-1937) Vol I. 

A pesquisadora destaca a presença comunista e anarquista nos clubes de teatro operário. “Os anos dez constituíram um período muito criativo para as sociedades teatrais em Pelotas, especialmente aquelas ligadas à corrente anarquista”. Os anarquistas estiveram presentes também no Grupo Dramático Lealdade, em 1915 e 1916, no Arthur Azevedo e no Grupo Teatral Cultural Social, da Liga Operária.

Já em 1924, quando o Arthur Azevedo ressurgiu, ainda com militantes anarquistas, o número de grupos teatrais da cidade estavam decrescendo. 

Matiné beneficente

Também em novembro, a Liga Operária foi palco uma matiné com renda revertida para o operário Luiz Dias Clifford, que estava doente. O evento foi realizado pelo Grêmio Dramático Gil Vicente, que além das comédias O amor, Por causa de uma camélia e A chegada do coroné Fidencio, realizou o concurso Qual o rapaz mais almofadinha de Pelotas?. 

Experiências sociais

O anarquismo no Brasil reúne uma série de experiências sociais relevantes na história do país, especialmente no período da Primeira República. O movimento surge a partir da imigração europeia ao Brasil, entre 1870 e 1914, quando os ideais passaram a ser difundidos entre os operários brasileiros. Porém, deixou de ser hegemônico entre o operariado do país a partir da década de 1920, principalmente, por causa da repressão promovida pelo governo de Artur Bernardes.

Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Classe Operária, mobilização e organização em Pelotas (1888-1937) Vol I

Há 50 anos

Tela de Pelotas conquista segundo lugar em concurso nacional

O 1º Salão do Cavalo, concurso nacional de pinturas realizado pela Secretaria de Agricultura de Recife, capital pernambucana, a obra, óleo sobre tela, do pelotense Pedro Reis Louzada conquistou o segundo lugar. Louzada foi apresentado pelo prefeito Ary Alcântara

Das 259 telas concorrentes, 150 eram de Pernambuco, 29 de São Paulo, dez de Alagoas e da Bahia, 12 da Guanabara, 20 do Rio Grande do Norte e 15 da Paraíba. Representando o Rio Grande do Sul e Pelotas estavam três de Louzada. A pintura premiada foi doada à prefeitura.

Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 25 anos

Mariana Almeida Lucas é sucesso em duas Feiras do Livro

A rio-grandina Mariana Almeida Lucas, de 11 anos, lançou o livro Luz do dia, publicado pela Editora e Gráfica UFPel, na 27ª Feira do Livro de Pelotas. A obra, campeã de vendas na Feira do Livro do Cassino, tinha textos e ilustrações da autora. Mariana ainda mora em Rio Grande, é funcionária pública, artista plástica, e integra diferentes projetos culturais. 

Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

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