“Seguimos lutando e celebrando cada conquista da nossa guerreira”
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Terça-Feira26 de Novembro de 2024

Abre aspas

“Seguimos lutando e celebrando cada conquista da nossa guerreira”

Catiana de Melo, 44, promove ações para custear tratamento de rara doença da filha Antonella, de sete anos

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Atualizado terça-feira,
26 de Novembro de 2024 às 12:20

“Seguimos lutando e celebrando cada conquista da nossa guerreira”
Para contribuir com a causa, o pix é 00165001054 (CPF) e o contato de Catiana é (53) 99109-8504 (WhatsApp). (Foto: Reprodução)

No último sábado (23), foi o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. A pelotense Antonella de Melo Dutra, de sete anos, teve o diagnóstico de um tumor raro localizado no sistema nervoso central, um ganglioglioma desmoplásico, quando tinha quatro anos.

Ainda hoje, a família segue na busca por um tratamento preventivo e não somente cirúrgico. Enquanto isso, ela realiza terapias em Porto Alegre todas as semanas, mas no momento precisa de um exame chamado FISH para encontrar um tratamento preventivo. Para custear os procedimentos, a mãe Catiana de Melo, 44 anos, promove rifas e outras ações. Para contribuir com a causa, o pix é 00165001054 (CPF) e o contato de Catiana é (53) 99109-8504 (WhatsApp).

Quais foram os primeiros sinais de alerta em Antonella?

Antonella, desde bebê, sofria com muita cólica e vômito após a mamadeira. Porém, os médicos acreditavam que fosse algum problema gástrico. Levamos ela a diversos profissionais, mas nenhum conseguia identificar a causa. Ela foi crescendo, e em 2021, no início da pandemia, nossa família contraiu Covid-19. Durante o período de afastamento do trabalho, comecei a observar que ela apresentava uns apagões repentinos. De repente, ela parava o que estava fazendo, como se congelasse. Se tivesse algo nas mãos, deixava cair; se estivesse correndo, caía. Isso resultou em muitas quedas.

Como foi a descoberta do câncer?

Voltei ao posto de saúde e relatei esses episódios. Foi nesse momento que toda a família testou positivo para Covid-19. A médica que nos atendeu era cubana e havia chegado recentemente ao posto para dar suporte. Expliquei toda a situação desde o início, e ela pediu para repetir o relato algumas vezes para os estudantes presentes. A médica, então, solicitou uma tomografia e disse que suspeitava do diagnóstico: crises de ausência, provavelmente causadas por algum problema neurológico. Fizemos a tomografia, e o exame revelou um tumor que ocupava todo o lado esquerdo do cérebro. Fomos encaminhados imediatamente ao Pronto-Socorro da cidade, que, em apenas oito horas, nos transferiu para o Hospital da Criança Conceição. Foi aí que começou nossa corrida contra o tempo para a cirurgia.

Como se deu a primeira cirurgia e quais dificuldades passaram?

A cirurgia foi longa e traumática. Antonella precisou ser reanimada durante o procedimento, mas, com muita luta, conseguiu superar essa primeira etapa. Retornamos para casa e seguimos com as consultas de rotina, mas, infelizmente, não tivemos acesso às terapias que eram essenciais para sua recuperação, já que na nossa cidade não fomos chamadas para as sessões.

Quando o câncer retornou e como essa luta continua?

Em 2023, o tumor voltou, acompanhado de convulsões severas. Antonella precisou passar por tudo novamente: nova cirurgia, um pós-operatório difícil e várias sequelas. Ela não conseguia se alimentar pela boca, precisando de uma sonda. Também não ficava sentada e nem conseguia andar. Dessa vez, o oncologista, que já era outro médico, nos encaminhou para o Instituto do Câncer Infantil. Lá, conseguimos apoio através da Casa de Apoio Madre Ana. Com o suporte adequado, Antonella começou a se recuperar. Hoje, ela já está andando, comendo e tem acesso a todas as terapias que precisa: fisioterapia, fonoaudiologia, psicopedagogia, psiquiatria e acompanhamento odontológico. Foi uma jornada muito difícil, mas seguimos lutando e celebrando cada conquista da nossa guerreira. Agradecemos imensamente a todos que puderem contribuir, pois sua ajuda fará toda a diferença.

 

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