Hora de se mexer
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira26 de Novembro de 2024

Editorial

Hora de se mexer

Hora de se mexer
Sede de arrozeira foi assaltada na madrugada de domingo (24). (Foto: Jô Folha)

É preocupante a situação que vive a zona rural de Pelotas e, agora, as empresas ligadas ao agronegócio no que tange a segurança pública. A capa desta segunda-feira (25) do A Hora do Sul reforça o sentimento: terror. Quando trabalhadores são amarrados e feitos de reféns ao longo de uma noite inteira, a interpretação é apenas essa. É hora dos órgãos de segurança apertarem ainda mais o cerco para que esse tipo de situação não se repita. Basta conversar com qualquer morador do campo para ouvir relatos sobre o medo que esse tipo de situação tem causado nas casas rurais. E, agora, pelo visto, chegou nas empresas. Embora a polícia diga que faltam denúncias, os relatos são de que diversas arrozeiras já passaram por isso.

O bizarro da situação é ver uma operação criminosa desse porte mirar apenas fios de cobre, um item de custo mínimo no mercado paralelo. Ou seja, os criminosos se sentem à vontade para aplicar o terror nas pessoas, provavelmente sabendo que não vai dar em nada. Os órgãos de segurança precisam apertar o cerco, já que são visivelmente menosprezados pelo crime, que age com a sensação de que nada vai dar em nada.

Para não ficarmos só na crítica, a operação do Gaeco na sexta-feira, que desarticulou um braço de atuação do tráfico para lavagem de dinheiro, venda de drogas e empréstimos a juros exorbitantes, foi fundamental para aprofundar a pacificação da cidade. Aliás, a zona urbana vive momentos tranquilos há muito tempo. Mas, como esse caso exposto pela ação dos 700 agentes, o crime se adapta e está encontrando no campo e no Distrito Industrial um espaço mais tranquilo para atuar.

O caso na Arrozeira Pelotas é só mais um, mas é emblemático pela facilidade com que a operação criminosa aconteceu e pela violência com que agiram os criminosos. Inclusive, colocando em risco de vida os funcionários. Apenas para obter fios de cobre, um absurdo. Fica o alerta de que há um grupo desse porte atuando na cidade e de que os órgãos públicos precisam se mexer. O quanto antes. Para o bem de todos.

Acompanhe
nossas
redes sociais