Semana da Diversidade trabalha resgate do movimento através da ancestralidade
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira10 de Dezembro de 2024

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Semana da Diversidade trabalha resgate do movimento através da ancestralidade

Abertura tem sessão de autógrafos e show de Sá Biá e culmina com as cores da Parada no domingo, no Mercado

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Atualizado terça-feira,
19 de Novembro de 2024 às 13:21

Uma semana para debater temas como o combate ao preconceito, respeito à diversidade, garantia da visibilidade, manutenção dos espaços conquistados e a ancestralidade. Teve início ontem em Pelotas, a Semana da Diversidade que culmina com a 23ª Parada da LGBTQIAPN+ que promete voltar em grande estilo como era antes da pandemia, ou seja, muitas atrações, shows de drag queens, desfiles no palco e muitas performances.

Já na abertura, na segunda-feira (18), o artista Sá Biá, sucesso no The Voice pela sua performance, se apresentou no Mercado Central servindo de amostra do que espera domingo (24), na Parada da Diversidade. Para a abertura da semana, teve ainda o lançamento do livro “Alôca reflexiva”, de André Borba e hasteamento da bandeira LGBTQIAPN+ na prefeitura.

Coordenador da comissão organizadora, Marcos Fernandes conta que depois da pandemia foram muitos entraves e imprevistos que impediram a realização do evento que ele merece ser.

Agora, com a comissão formada, apoio da prefeitura e parcerias, as cores da diversidade vão mexer com a cidade, a contar pelas atrações. “Tivemos 21 inscritos e com uma tarefa árdua para selecionar oito que receberão cachê para se apresentar no palco, juntamente com mais cinco convidados e cinco DJs”, revela Fernandes. Os selecionados irão receber R$ 400. Fernando lembra que o evento marca ainda o retorno da estrutura com palco, passarela, camarim, som e luz com telão de led. E tem mais novidades. O encerramento do evento, no domingo, será ao som da bateria do Bloco Burlesco Bruxa da Várzea, que promete para o próximo Carnaval o tema Diversidade.

Tema

Este ano, o tema da Semana da Diversidade é a ancestralidade, pois são anos de luta e as novas gerações precisam saber que trilhou esse caminho do movimento, abriu caminhos, sofreu preconceito, mas conquistou espaço. “Em clima retrô, vamos resgatar a memória de pessoas LGBTs que construíram a história e que nem sempre esteve tudo pronto”, comenta. A abordagem original também remete a questões de vigilância, pois foram muitas as conquistas, principalmente na mídia, mas ao mesmo tempo, conforme Fernandes, há um aumento do conservadorismo que ainda coloca as pessoas LGBTQIAPN+ em zona de perigo. “A partir dos anos 2000 a sociedade passou a compreender nossa luta, mas por outro lado, está havendo muito retrocesso”.

A Parada LGBTQIAPN+ será um momento festivo, de muitas celebrações, mas sem deixar de levar as palavras de ativismo. “Não é um protesto, mas é um momento de visibilidade”, garante Marcos. A Semana da Diversidade é organizada pelos grupos Também e Vale a Vida, o Coletivo Surdes LGBTQIA+ e a OSC Gesto, com apoio do Conselho Municipal LGBT. A programação segue na quinta-feira, sábado e domingo.

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