Médicos da Santa Casa de São Lourenço do Sul podem paralisar em dezembro
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira14 de Novembro de 2024

Saúde pública

Médicos da Santa Casa de São Lourenço do Sul podem paralisar em dezembro

Deliberação é motivada por atrasos salariais recorrentes e demanda por contratação formal

Por

Atualizado quarta-feira,
13 de Novembro de 2024 às 20:01

Médicos da Santa Casa de São Lourenço do Sul podem paralisar em dezembro
Salários estão atrasados há aproximadamente um mês. (Foto: Divulgação)

Em assembleia extraordinária realizada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), por unanimidade, os médicos da Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul teriam aprovado o indicativo de paralisação em dezembro.

Com salários atrasados há aproximadamente um mês, os profissionais aguardarão mais 30 dias para que a instituição regularize os pagamentos e avance nos contratos formais. Se as demandas não forem atendidas, haverá suspensão dos serviços eletivos por tempo indeterminado.

A deliberação teria sido enviada por notificação à gestão do hospital e às autoridades do município. De acordo com informações do Simers, participaram da assembleia representantes das equipes da obstetrícia, pediatria, clínica, emergência, anestesia e ortopedia.

Para o diretor do Sindicato na região, Marcelo Sclowitz, “a situação é extrema”, visto que os médicos estão sem receber os salários desde agosto. “E agora decidiram dar um prazo para o hospital e autoridades. Eles têm até 30 dias para pagarem o que devem. Em caso contrário, pode ocorrer a paralisação”.

Em caso de paralisação, os serviços comprometidos deverão ser os procedimentos eletivos, já o atendimento de urgência e emergência deve ser continuado. No final de outubro o Simers já havia anunciado a possibilidade da categoria paralisar. No entanto, a assembleia realizada na época não havia tido o comparecimento do número necessário de médicos.

Conforme o presidente do Simers, a inadimplência de honorários no hospital seria uma constante que tem ocorrido no mínimo há dois anos. No ano passado, um empréstimo teria sido contratado pela Santa Casa para cumprir com os pagamentos, porém mesmo assim haveria ocorrido mais um episódio de atraso salarial que chegou a cinco meses.

Além dos pagamentos em dia, outra reivindicação da categoria junto a Santa Casa é a formalização dos contratos com os profissionais. Isso porque, de acordo com o Simers, a categoria não teria nenhum contrato formal. Dessa forma, os médicos não teriam vínculo com o hospital.

Acompanhe
nossas
redes sociais