Pelotas tem média de cinco acidentes por dia
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira13 de Novembro de 2024

TRÂNSITO

Pelotas tem média de cinco acidentes por dia

Uso do celular ao volante, velocidade acima do permitido e imprudência são as principais causas apontadas pela SMTT

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Pelotas tem média de cinco acidentes por dia
Foram 1.719 acidentes em dez meses. (Foto: Jô Folha)

Sair de carro atualmente pelas ruas de Pelotas é ter atenção na condução do veículo e com os outros. Pode acontecer de algum motorista desatento converter à direita, mesmo estando na faixa esquerda, vindo a cortar a frente do carro ao lado que seguia seu curso normal. O resultado: um baita prejuízo. Isso aconteceu por volta das 18h de domingo entre as ruas Félix da Cunha com Voluntários. Neste caso, o cruzamento com a sinaleira não impediu a imprudência. O impacto está nas estatísticas: foram 1.719 acidentes em dez meses, o que corresponde a 5,6 registros por dia.

Mesmo assim, o 2024 está 5,54% (101) abaixo do total de acidentes de trânsito com danos materiais, no comparativo de janeiro a outubro em relação ao ano passado (1.820 ocorrências). De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), Flávio Al-Alam, houve um pequeno aumento (205 ocorrências) este ano contra 186 no ano passado entre outubro e setembro. “Ressalte-se que este ano, em outubro, houve cinco dias úteis a mais que em setembro”.

Os principais tipos de colisões ainda são a frontal e a traseira, com velocidade acima do permitido para a via, uso do celular e imprudência apontados como os causadores dos acidentes. Ainda de acordo com o secretário, o manuseio dos smartphones tem número expressivo. Na última sexta-feira, a secretaria registrou seis acidentes com danos materiais.

Para comprovar que a falta de atenção e pressa andam de mãos dadas com alguns condutores, os locais de maior incidência são onde têm semáforos, como em seis cruzamentos da avenida Bento Gonçalves, principalmente com a General Osório. Um ponto crítico, mas que vem reduzindo de posição na escala de incidência é a rua Félix da Cunha com Voluntários, a mesma do início da matéria. O motorista de táxi José Castro, 79, trabalha há 35 anos nesse ponto e garante: “toda semana tem um acidente.” Para ele, que tem 53 anos de profissão, a falta de respeito às regras de trânsito são as principais causas das colisões. “Pelotas também tem muito carro para poucas ruas”.

Uma das intervenções feitas pela secretaria e que teve resultado, segundo a própria pasta, com melhoria de sinalização ou implantação de semáforos, foi na avenida Juscelino Kubitschek com Anchieta. “Era o principal ponto crítico em 2022 e em 2024 não aparece na lista dos 30 pontos com mais incidência”, destaca o secretário. Outro cruzamento com expressiva redução foi na rua Santos Dumont com Voluntários da Pátria, na área central. No local foi colocado um semáforo. O secretário Al Alam lembra que ao longo do ano houve muitas ações de blitzes noturnas com teste de etilômetro, juntamente com as operações integradas.

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